A Procuradoria da República em Mato Grosso (MPF) confirmou, há pouco, que foi preso preventivamente em São Paulo, Sandro Rogério da Silva, de 42 anos, acusado de matar o português Luís Filipe Carecho Nunes e pela tentativa de homicídio do ucraniano Roman Adazhiy, em janeiro de 2007, na cidade de Entroncamento, distrito de Santarém, em Portugal. Sandro voltou para o Brasil e morou por alguns anos em Tangará da Serra. Recentemente, estava em São Paulo.
O Ministério Público Federal informa que o caso só pôde ser divulgado agora com o levantamento do sigilo do processo e a investigação conduzida por autoridades portuguesas que identificaram Sandro Rogério da Silva, de 42 anos, como o acusado dos crimes. A prisão preventiva foi pedida pelo MPF e decretada em novembro passado, pelo juiz federal Francisco Antonio de Moura Junior, principalmente pelo fato de o acusado, desde a data do crime ocorrido em Portugal, ter fugido para o Brasil.
Como a Constituição Federal não autoriza a extradição de brasileiros natos, Portugal transferiu o processo para o Brasil, nos termos de Tratado de Extradição (Decreto 1.325/1994). O processo foi submetido ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), antes de seu encaminhamento definitivo a Mato Grosso, local de residência do investigado.
De acordo com a denúncia apresentada pelo MPF, as vítimas Luís Filipe Carecho Nunes e Roman Adazhiy se desentenderam com o acusado Sandro, na madrugada de 28 de janeiro de 2007, por causa de uma dívida de €25 (Vinte e cinco euros) em uma casa de prostituição, da qual a companheira do acusado era proprietária.
Segundo o MPF de Mato Grosso, o “acusado teria perseguido o veículo dos dois homens e disparado, atingindo Luís Felipe na cabeça. Roman conseguiu fugir. Luís não resistiu ao ferimento e morreu em 2 de fevereiro. Em seguida, Sandro teria fugido para a Espanha, e depois veio para o Brasil, em companhia da mulher e da filha, vindo a fixar residência em Tangará da Serra (250 quilômetros de Cuiabá).
Em junho deste ano a Justiça Federal de Mato Grosso determinou a comunicação da prisão à viúva e familiares da vítima. O processo agora prosseguirá para determinar a culpabilidade ou não do acusado.