Depois de o presidente do Democratas, Fábio Garcia, responder ao senador Jayme Campos (DEM) dizendo que “ninguém vai colocar cabresto” no partido e que não se sente pressionado para ser o candidato do partido em Cuiabá, foi a vez do governador Mauro Mendes (DEM) reagir às declarações de Jayme que afirmou só ter compromisso com a candidatura de Garcia, na capital, e que não vai se abraçar com “Drácula do DEM” numa possível alusão a Mauro Mendes e ao presidente do partido em Cuiabá, Alberto Machado. O governador se irritou com a situação ao ser questionado, em entrevista coletiva, e disse que “as pessoas falam muita merda” dentro e fora do partido.
“O nome é ‘partido’, não é ‘unido’. Representa uma parte da sociedade e, como partido, tem pessoas que pensam diferente. Agora, elas têm que respeitar. Eu não vou agir com falta de respeito a ninguém. Sou o governador, me dou ao respeito e gostaria que as pessoas se respeitassem. Isso vale para qualquer um que fica nos bastidores falando merda, dentro ou fora do DEM … na vida. As pessoas falam muita merda e precisam aprender a ter respeito para cobrar respeito”, afirmou.
O clima entre as duas das maiores lideranças do Democratas em Mato Grosso não anda bom desde que Jayme, junto com o irmão Júlio Campos e com o deputado Dilmar Dal Bosco, anunciou o embarque na candidatura ao senado do ex-prefeito de Sinop e ex-deputado federal Nilson Leitão (PSDB) sem consultar o governador que estava fora de Mato Grosso. Mauro segue avaliando se apoiará o senador interino Carlos Fávaro (PSD), candidato ao Senado, ou o vice-governador Otaviano Pivetta (PDT).
Por outro lado, os dois concordam que a melhor opção do partido para a prefeitura de Cuiabá é o nome de Fábio Garcia, que ainda não se decidiu pela candidatura. Se ele não sair, Jayme não concorda em apoiar o vereador Marcelo Bussiki, defendido pelo governador, e demonstra preferência pela reeleição do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) com quem Mauro Mendes mantém brigas públicas desde o começo do mandato do governador em 2019.