O governador Mauro Mendes se reuniu, esta tarde, em Brasília, com o general Luiz Eduardo Ramos, ministro da Secretaria de Governo da Presidência da República e o advogado-geral da União, ministro José Levi, para garantir o andamento dos projetos das ferrovias e da duplicação da BR-163 em Mato Grosso. “Muitos passos ainda precisam ser dados e o que estamos fazendo é marcando passo a passo para que isso não fique parado em alguma instância de decisão. E a BR-163 é de uma rápida decisão. Precisamos resolver o problema dessa concessão, fazer uma cura (contrato), relicitar, e os passos estão sendo dados pelo ministro Tarcísio (de Freitas, da Infraestrutura), que de forma competente está conduzindo isso. Nós viemos articular mais apoio, mais sinergia, para que nós possamos rapidamente resolver o problema dessa concessão e duplicar o trecho Cuiabá-Sinop”, reforçou.
Este trecho está sob concessão da Rota Oeste mas as obras de duplicação até Sinop não saíram do planejamento e o trecho de 500 km (com 4 praças de pedágio) tem, diariamente, grande movimento de carretas a automóveis, com constantes acidentes com vítimas fatais – na última 2ª feira à noite em Sorriso, morreu uma profissional liberal na colisão de carro e carreta. A cobrança das lideranças é para que o governo tome posicionamento para que a duplicação seja feita. A concessionária duplicou praticamente todo o trecho Sul da concessão, de Cuiabá até a divisa com Mato Grosso do Sul.
A OAB também tem cobrado a concessionária e o governo federal para reforçar a cobrança por solução para as obras de duplicação serem feitas
Também “falamos sobre as ferrovias da Rumo, Fico (Ferrovia Centro Oeste) e Ferrogrão (Sinop-Miritituba-PA). São assuntos importantes da logística do nosso Estado, alguns estão andando, alguns estão encaminhados, mas é uma luta que temos que estar corpo a corpo para garantir que os próximos passos caminhem. Para que a Ferrogrão chegue até a cidade de Lucas do Rio Verde (o projeto original prevê iniciar em Sinop), para que a Fico chegue até Água Boa”, relatou o governador. A Ferrogrão deve ser feita em parceria com a iniciativa privada, com 933 km de extensão e deve escoar 58 milhões toneladas de grãos proporcionando maior renda aos produtores.
A nova etapa da FICO (que deve ter terminal em Lucas do Rio Verde e destino final em Porto Velho-RO), partindo de Campinorte (Goiás) rumo ao Médio Norte mato-grossense deve sair do papel em breve em razão de o Tribunal de Contas da União (TCU) ter renovado de forma antecipada a concessão das outorgas para a Vale. A construção da ferrovia foi uma das contrapartidas para a renovação. Já a segunda etapa, a previsão é que sejam feitos 518 km de Água Boa até Lucas do Rio Verde, com construção de um terminal de cargas.
A Ferrovia Vicente Vuolo que compõe a Malha Norte será construída pela empresa Rumo e deve levar os trilhos de Rondonópolis para Cuiabá, Lucas do Rio Verde e Nova Mutum. Ao todo, o projeto prevê a construção de três novos terminais para o transporte da produção agrícola e industrial, que cresce consideravelmente em Mato Grosso.
Mauro Mendes tem feito reuniões constantes com políticos e gestores para que os projetos possam ser efetivados, uma vez que representam grandes avanços para a infraestrutura e logística de Mato grosso. Porém, conforme o governador, ainda há entraves de ordem burocrática que precisam ser solucionados.
Também participou da reunião o líder da bancada federal de Mato Grosso, deputado Neri Geller.
