A investigação feita pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado, de Brasília, com apoio das unidades de Cuiabá e Sorriso, resultou no cumprimento de dois mandados de buscas e apreensões na capital mato-grossense e um em Nova Mutum em esquema na compra de produtos de testes para detectar Covid, feitos pela secretaria de Saúde do Distrito Federal, sendo investigadas duas dispensas de licitação. Na primeira, houve superfaturamento de 146,57% no comparativo com preços ofertados pelas demais concorrentes. Já em relação à segunda dispensa de licitação, a empresa vencedora apresentou preço que indica superfaturamento de 42,75% nas aquisições de testes. Neste caso, a empresa vendeu os testes a R$ 125 a unidade secretaria do Distrito Federal, enquanto outros órgãos pagaram, pelo mesmo produto, o valor de R$ 18. O prejuízo decorrente do superfaturamento é superior a R$ 18 milhões, valor que permitiria a compra de mais de 900 mil testes rápidos.
Conforme Só Notícias já informou, além de Cuiabá e Nova Mutum os mandados de prisões e 44 de buscas e apreensões foram em 12 cidades de 13 municípios, de 7 Estados. Em Mato Grosso não teria ocorrido prisão e não foram informados nomes dos investigados.
As ordens judiciais foram expedidas pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal por suspeitas de crimes cometidos por servidores do alto escalão da Secretaria de Saúde do DF, dentre os quais, organização criminosa, fraude à licitação, lavagem de dinheiro, contra ordem econômica (cartel), corrupção ativa e passiva, todos estes crimes praticadas no curso de dispensas de licitação destinadas à compra de testes para detecção da Covid-19.
