Dois assaltantes detalharam, em depoimento para a Polícia Civil, que o plano do assalto frustrado, no último dia 29, em Chapada dos Guimarães, era invadir a chácara de um político, para roubar joias, ouro e pedras preciosas, avaliadas em R$ 500 mil. A quadrilha que trocou tiros com policiais do Batalhão de Operações Especiais (BOPE), que terminou com 6 mortos.
Dois dos integrantes do grupo são seguranças do político – que eles não revelaram a identidade – e teriam repassado informações sobre o dia em que menos pessoas estariam no local, o que tornaria mais fácil o ataque da quadrilha.
O assalto era planejado desde julho, mas foi cancelado pelo segurança. Segundo um dos jovens, “esse dinheiro seria de corrupção e o dinheiro estava na chácara, pois ele [político] iria fazer um pagamento para um advogado”.
No dia do crime, o político chegaria por volta das 6 horas com os dois seguranças – que eram cúmplices da quadrilha – e além deles só estaria na chácara mais um caseiro, o que facilitaria o roubo. Os dois assaltantes, jovens, afirmaram à polícia que não houve tiroteio e sim uma emboscada na qual o segurança do político participou, já que ele estava no terceiro carro, um VW Fox, que também iria para a chácara. Eles escaparam correndo pela mata e se escondendo em uma chácara de onde ouviram os tiros por mais de 20 minutos.
Um deles buscou atendimento médico na policlínica do Verdão por ter sido atingido na mão e nos joelhos. No atendimento, alegou ter recebido um “salve” de uma facção criminosa, no entanto, os policiais desconfiaram que ele fizesse parte do grupo morto pelo BOPE.
Entre os mortos no confronto estava um soldado da Polícia Militar, lotado em Cuiabá, e o filho de um sargento.