O novo balanço, divulgado esta manhã, informa que o comitê estratégico para o combate ao desmatamento ilegal, do governo de Mato Grosso, aplicou R$ 664,61 milhões em multas por crimes cometidos contra o bioma amazônico, que representa 82,5% do total de multas aplicadas em todo o Estado, na Operação Amazônia Arco Norte, que alcançou o montante de R$ 805 milhões. O comitê avalia que o número é bastante significativo, uma vez que o bioma amazônico ocupa mais da metade do território mato-grossense.
Estão também localizados no bioma amazônico, tanto o município quanto a região com maiores percentuais de multas aplicadas pela operação – Aripuanã, no norte mato-grossense, distante 704 km de Cuiabá, com R$ 101,994 milhões (12,67%); e a Região 3, Juína, com R$ 235 milhões ou 29,2%. Entre as várias infrações cometidas, como queimadas, degradação do solo, entre outras, o desmatamento responde por 61,9% (R$ 498,3 milhões) das multas aplicadas em território mato-grossense.
As ações fiscalizatórias da Amazônia Arco Norte também geraram 245 mil hectares embargados e Aripuanã, no bioma amazônico, responde por mais da metade do total embargado, com 129.060 hectares.
“É importante ressaltar que apenas três municípios, todos do bioma amazônico – Aripuanã (R$ 101,994 milhões), Colniza (1.047 km de Cuiabá, com R$ 92,317 milhões) e Feliz Natal ( 130 km de Sinop, com R$ 80,444 milhões) respondem por 34,13% das multas expedidas no Estado e por 41,3% das multas emitidas na Amazônia mato-grossense”, informa o comitê, através da assessoria.
Vários bens foram apreendidos nas diversas ações da operação, dentre eles 71 tratores de pneu, 36 tratores esteira, 110 caminhões, 18 armas de fogo, 62 motosserras e 237 equipamentos ou acessórios.
Embora ocupe 6,8% do território do mato-grossense, o Pantanal é o segundo bioma com mais multas aplicadas, com R$ 76,63 milhões ou 9,52% das multas aplicadas (o Cerrado, ocupando 39,6%, responde por R$ 63,78 milhões ou 7,92% das multas). Entre oito de seus municípios onde ocorreram multas, num total de R$ 76,629 milhões, Itiquira, com R$ 25,326 milhões, e Barão de Melgaço, com R$ 22,136 milhões respondem por 61,9% do total. Os outros municípios são Santo Antônio do Leverger, Cáceres, Juscimeira, Poconé, Nossa Senhora Do Livramento e Lambari d’Oeste, cujas multas variaram de R$ 8,411 milhões e R$ 761 mil.
Já no Cerrado, entre 13 municípios onde ocorreram multas, num total de R$ 63,783 milhões, Cuiabá (R$ 18,304 milhões) e Pontes e Lacerda (R$ 10,492 milhões) responderam por 45,15%. Em Conquista d’Oeste foram R$ 3,761 milhões; Vila Bela da Santíssima Trindade, com R$ 3,747 milhões; Porto Esperidião, com R$ 3,624 milhões; e Primavera do Leste, com R$ 3,603; respondem por mais 23,1%, informa a secretaria adjunta de Comunicação.