O vice-governador de Mato Grosso, Otaviano Pivetta (PDT), voltou a se movimentar visando a candidatura na eleição suplementar para o Senado que será dia 15 de novembro junto com as eleições municipais. Está marcada para amanhã, em Cuiabá, uma reunião com as lideranças dos partidos que o apoiam e com advogados para começar a traçar os rumos da campanha interrompida em abril por causa da pandemia do novo Coronavírus.
Está certo que a coordenação geral da campanha ficará com o deputado estadual Max Russi, que traz consigo o apoio do PSB. O MDB e o PV, que compunham a coligação formada em março, também estão confirmados na reunião. A expectativa é manter o apoio do Cidadania e do PCdoB. A maior incógnita está com o Republicanos, partido que estava na chapa com o ex-deputado federal Adilton Sachetti, na primeira suplência, mas que tem mantido silêncio neste momento.
“Vamos ter essa reunião com os partidos que decidiram, lá atrás, na convenção anterior, pelo apoio ao Pivetta, para definirmos o projeto. O Pivetta se demonstrou disposto, animado, está defendendo ideias boas para o Estado, como sempre, e, na sexta-feira, se tiver todo o apoio daquele grupo e daquelas pessoas, com este projeto bem desenhado, eu tenho certeza de que vamos fazer esta construção, mantendo este arco de apoio e começar a pré-campanha”, declarou Max.
Com a desistência de algumas candidaturas, como a de Gisela Simona, que optou por concorrer à prefeitura de Cuiabá pelo PROS, e do ex-governador Júlio Campos, do Democratas, que abandonou a disputa e definiu apoio ao PSDB do ex-prefeito de Sinop e ex-deputado federal Nilson Leitão, o deputado Max Russi acredita que a aliança pode ser ampliada, principalmente com o DEM, partido do governador Mauro Mendes.
“Não sei se é uma decisão do DEM [fechar com o PSDB]. Eu conversei com algumas lideranças do DEM e parece que não tem este encaminhamento. Foi uma decisão construída em Várzea Grande, com alguns líderes. Se esta decisão se confirmar, é válida. É um partido do governo, é um partido forte, mas que também vai ser procurado pelo Otaviano Pivetta e pelos outros também”, concluiu.
A eleição suplementar vai escolher o substituto da ex-senadora Selma Arruda, cassada em dezembro passado por abuso de poder econômico e prática de caixa 2 na campanha de 2018. A eleição estava marcada para 26 de abril, mas foi adiada com a chegada da pandemia do novo Coronavírus. As decisões homologadas nas convenções de março foram canceladas e um novo processo começa agora.