O pleno do Tribunal Regional Eleitoral adiou, hoje, a votação da ação ajuizada pelo Ministério Público Eleitoral pedindo a cassação do diploma eleitoral do deputado federal Neri Geller (PP), coordenador da bancada de Mato Grosso, por abuso de poder econômico na eleição. Houve pedido de vistas do juiz Jackson Coutinho e a votação deve ocorrer na sessão virtual da próxima terça-feira.
O procurador eleitoral, Pedro Melo Pouchain Ribeiro, acusa Geller de gastar R$ 2,4 milhões e estourar o teto estipulado pela lei além de doar R$ 1,3 milhão para doze candidatos a deputado estadual (dois deles são de Sinop e ficaram na suplência), “extrapolando o valor que poderia (10% de seus rendimentos brutos) e desequilibrando o processo eleitoral com a força econômica”, o que teria impactado diretamente em sua vitória. Ex-ministro da Agricultura, ele foi eleito com 73 mil votos.
O MPE aponta também que Neri Geller “não comprovou a licitude da origem de todos os recursos empregados nessa manobra, havendo dúvidas razoáveis sobre boa parte dos valores doados”.
Ano passado, o MPF denunciou e o TRE cassou a então senadora Selma Arruda, por abuso de poder econômico e caixa 2. Ela deixou o Senado, em abril, após ter recursos negados no TSE.