O Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária divulgou novos dados sobre o custo operacional estimado para a safra 20/21 que ficou em R$ 3.597,37/hectare, aumento de 0,65% em relação ao mês passado, apontando a 6ª alta seguida da estimativa. Grande parte disso se deve às despesas de custeio, em que estão os fertilizantes e defensivos agrícolas.
“Como são insumos que possuem cotação atrelada ao dólar, os seus preços ficam suscetíveis à variação cambial, que chegou a seu ápice em mai/20.Para se ter ideia, estima-se para o próximo ano que o dólar se mantenha próximo de R$ 5/US$ (Bacen), principalmente devido à aversão ao risco mundial”, analisa o IMEA.
“Sendo assim, o produtor pode conviver com patamares altos do custo por mais tempo. A boa notícia é que o dólar afeta diretamente o preço da soja, o que pode compensar esta alta nos custos. Porém, vale salientar que as negociações do grão e dos insumos precisam estar “casadas” para que o produtor não fique tão exposto ao risco cambial”, conclui.
A soja disponível em Mato Grosso teve, semana passada, valorização de 0,54% e subiu para R$ 104 a saca. Ano passado, no mesmo período estava em R$ 62, em média.