Produtores, técnicos e pessoas ligadas à cadeia do biodiesel em Mato Grosso poderão contribuir com a elaboração do Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc) da mamona no Estado. Na próxima quinta-feira, a Embrapa e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) farão uma validação da proposta de zoneamento por meio de uma reunião online, a partir das 14h. Durante a reunião, aberta para participação de interessados, aqueles produtores que já cultivam a oleaginosa, ou que têm vontade de cultivá-la, poderão opinar e relatar suas experiências.
A reunião poderá ser acessada pelo endereço https://conferenciaweb.rnp.br/webconf/zarc e os interessados em participar podem confirmar participação antecipadamente enviando nome, município, profissão e telefone pelo e-mail da Embrapa.
A mamona é pouco plantada em Mato Grosso. De acordo com o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola do IBGE, na última safra o estado cultivou pouco mais de mil hectares da oleaginosa. Entretanto, a cultura tem grande potencial de produção, sendo mais uma opção para a segunda safra e podendo ser beneficiada nas indústrias locais de biodiesel.
No Brasil, a produção de mamona está concentrada na Bahia, onde os 45 mil hectares cultivados na safra passada representaram 95% da área total no país.
Mato Grosso ainda não possui zoneamento agrícola de risco climático para a cultura da mamona. Com a publicação da primeira versão doZoneamento Agrícola de Risco Climático, produtores poderão acessar linhas de financiamento e contratar seguro agrícola para a lavoura.
O Zoneamento Agrícola de Risco Climático traça o risco de se produzir determinada cultura em diferentes épocas de plantio em cada região do estado. Ele serve de guia para instituições de crédito e seguro rural para a liberação de financiamento agrícola.
A construção do zoneamento é feita com base em pesquisas e leva em consideração o tipo de solo e o regime pluviométrico da região, além do ciclo da cultura e das cultivares utilizadas. Com essas informações, são feitas simulações de risco, que são, então, validadas com o setor produtivo em reuniões como a desta semana.
Após a validação, ajustes são feitos na modelagem utilizada para definir os riscos e o Zoneamento Agrícola de Risco Climático é então publicado em portaria do Mapa.