A prefeita Rosana Martinello cobrou, há pouco, em pronunciamento pela internet, celeridade nas instalações de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em Sinop e não descartou a possibilidade de medidas mais restritivas para conter o avanço da pandemia no município. O hospital regional está com os 20 leitos ocupados há uma semana e o número de mortes aumentou nos últimos dias chegando a 30. “Vagas de UTI são de responsabilidade do governo do Estado e, mesmo assim, através do Consórcio Teles Pires (formado pelas prefeituras de Sinop, Sorriso, Lucas do Rio Verde, dentre outras) nós já compramos dez respiradores e dez monitores para que o Estado amplie os leitos de UTI no Hospital Regional de Sinop”, expôs Rosana. “Quando um paciente precisa de UTI, não sou eu a prefeita que controlo essa regulação, é o Estado. Sei das angústias e da necessidade de ampliação para atendimento. Mas, infelizmente, o Estado não se aparelhou o suficiente e não fez distribuição de medicamentos, conforme a necessidade de Mato Grosso”, lamentou.
O governo do Estado confirmou, ontem, que, além dos leitos que as prefeituras compraram, o governo estadual vai colocar outras 10 em funcionamento, até o próximo dia 20, e o governador Mauro Mendes anunciou que, ao todo, serão mais 94 leitos de Unidade de Tratamento Intensivo – 20 deles para o hospital regional de Nova Mutum, 10 em Peixoto de Azevedo e serão instalados mais 10 em Alta Floresta.
A prefeita disse que, por Sinop ser polo, “as pessoas de toda região vem para cá. Estão sendo regularizadas para Sinop. São 20 (UTIs) hoje, desde março foram ampliados só 10 leitos, não é suficiente para atender a todos. População de Sinop, estamos vivendo um momento muito crítico, todos nos temos que se conscientizar da necessidade. Cada um se cuidando. Você é responsável por suas vidas é necessário evitar”, cobrou a prefeita.
Quanto a alguns segmentos do comércio, Rosana defendeu que as medidas tomadas esta semana (fechamento de bares, tabacarias/narguiles, redução de horário de funcionamento do comércio até às 21h, suspensão de missas/cultos e continuidade do toque de recolher) foram alinhadas com outros prefeitos da região, já que existe grande circulação de pessoas de uma cidade para outra, o que pode ajudar na proliferação do vírus. “Houve recomendação do Ministério Público para fechamento total da cidade. Entendemos que as medidas que adotamos não é são as que eu gostaria de anunciar, não foi o que escolhemos, mas sim foi alinhado junto com os prefeitos da região, com a defensoria e mistério, para que todos os municípios tivessem adotando as medidas iguais. Afinal as pessoas circulam de um município para o outro. Entendemos é que é preciso evitar o número de pessoas circulando na cidade, esse não é o momento de ir para restaurantes ou lanchonetes. No momento, tivemos que adotar as medidas para que evitássemos um contágio muito maior. Estamos no pico da contaminação”, concluindo, expondo que é preciso, com urgência evitar aumento de casos.
A secretaria de Estado de Saúde (SES-MT) notificou, até esta tarde, 20.333 casos confirmados da Covid-19 em Mato Grosso, sendo registrados 786 óbitos em decorrência do coronavírus no Estado.