O Estado atingiu o nível mais critico de ocupação dos leitos de Unidade de Tratamento Intensivo para pessoas com Covid-19, desde o final de março quando começou a pandemia. Dos 238 leitos adultos e infantis há apenas 14 vagas e a taxa de ocupação é de 94%, a maior registrada até agora.
A situação é considerada gravíssima em Sinop, onde foi montada pelo governo do Estado, a maior estrutura do Nortão, com 20 leitos no hospital regional (foto). Neste domingo, a secretaria estadual de Saúde informou que todos estão com pacientes. 15 pessoas moram em cidades da região. Até a última quinta-feira, a ocupação girava em torno de 85%. No regional de Sorriso são apenas 2 que estão ocupados.
Em Rondonópolis, pólo da região Sul, a situação é a mesma: não tem mais leitos de UTI na rede pública. Os 12 do regional estão com pessoas infectadas e os 15 da Santa Casa também.
Cáceres está com os 5 lotados desde a semana passada. Em Barra do Garças, no Araguaia, dos 8 leitos, 5 estão com pacientes. Em Juína as 4 UTIs estão sendo usadas.
No Hospital Metropolitano, em Várzea Grande, das 40 unidades de tratamento intensivo há apenas 3 vagas. No pronto socorro as duas estão atendendo.
Em Cuiabá, não tem mais UTI para Covid no hospital/pronto socorro onde há 40 leitos. No São Benedito a realidade é a mesma. No Julio Muller as 10 estão com pacientes. A Santa Casa é a única unidade na capital que tem leitos disponíveis – 8 dos 40.
No Nortão, as prefeituras do Consórcio de Saúde do Teles Pires se uniram e pretendem implantar, em poucos dias, mais 10 leitos de UTI no regional em Sinop. As prefeituras vão bancar a conta. Para o hospital de Nova Mutum estão previstos 20 leitos de UTI.
O boletim da secretaria de saúde informou que Mato Grosso registrou, até esta tarde, 14.654 casos confirmados , 8.356 estão em isolamento domiciliar e 5.144 estão recuperados. Houve mais 24 mortes subindo para 556 o número oficial.