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Plataforma digital

Wilson Carlos Fuáh – É Especialista em Recursos Humanos e Relações Sociais e Políticas em Mato Grosso - [email protected]
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Com a necessidade do isolamento social, a polução viu-se na obrigação de buscar os recursos virtuais para desenvolver suas atividades tanto nas relações comerciais, bem como, para exercer as suas atividades profissionais, usando as plataformas digitais, desse modo, afastou a possibilidade contaminação pelo coronavírus, para alguns seguimentos da população.

A partir dessas necessidades o país viu-se diante de uma realidade urgente para que as pessoas pudessem utilizar os recursos da informática e o que ficou constatado a carência na possibilidade de acesso a todas as camadas da população e trouxe a baila a insegura digital, porque nesses poucos meses, ocorreram muitas fraudes digitais e muitas contas foram desfalcadas e também muitas vendas foram efetuadas, utilizando da de má-fé.

Mas, ficou muito evidente que após a pandemia, as relações serão bem diferentes: as compras ficaram muito mais rápidas; os serviços puderam ser feitos dentro das casas através de vídeos remotos; reuniões para votações nas câmaras, assembleias, senado, também passaram a serem feitas via teleconferências, muito mais eficientes e mais rápidas e econômicas; os julgamentos no Supremo e em todos Tribunais foram realizados normalmente, sem as presenças físicas, também através de vídeos conferências, e o mundo foi se adaptando, para que as pessoas viessem a contaminar a vida apesar do medo e das angústia de possíveis contaminações.

Mas, o país escancarou as diferentes realidades, entre as periferias e os grandes centros urbanos, vejam que a pobreza vive num mundo onde não tem acesso a água potável e rede de esgoto, e que durante a pandemia é a prioridade das prioridades, porque para livrar da contaminação depende da higiene, e por outro lado existe a hipervalorizações das plataformas digitais, mas se esquecem que a maioria da população periférica do Brasil não tem acesso a internet.

Esse vírus veio para mostrar que a higiene é tudo, mas do jeito que vivem a maioria da população nas periferias deste país, é algo assim de humilhação, são vidas subumanas e são miseráveis carentes de tudo: sem água, sem esgotos, morando 5 em um quarto e a maioria que viviam de bicos, hoje estão subempregos, hoje fazem parte do 14 milhões vivendo a pedir e esmolar na fila da CEF, estão sobrevivendo a espera de ajudas do governo e na expectativa das doações, para não morrer de fome.
Enfrentar a miséria de verdade traz muitas dores e sofrimentos, dá muito mais trabalho do que utilizar a deficiência das plataformas no mundo virtual.

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