A Associação Protetora dos Animais do Município de Sinop teve redução de ao menos 23,5% no número de doadores de março até agora, devido à pandemia do novo Coronavírus. Conforme a presidente da entidade, Luciane Chiarello, dos 170, somente 130 continuam ajudando com valores que variam de R$ 10 a R$ 200. As despesas mensais são de R$ 70 mil a R$ 80 mil.
Do início do ano até este mês, já foram gastos mais de R$ 381,4 mil entre aplicações com medicamentos (R$ 76 mil), impostos (R$ 32 mil), salários (R$ 119 mil), energia (R$ 6 mil), rações (R$ 46 mil), clínica e exames (R$ 17 mil) entre outros materiais de uso, consumo e despesas variáveis (R$ 43 mil).
Luciane ressaltou ainda que também ocorreu um aumento das dificuldades para encontra um lar aos animais devido à pandemia e associação está com superlotação. “O espaço que era cedido por comércios em geral, onde organizávamos as feiras de adoção aos animais está proibido por risco de aglomerações. Estamos cuidando de 267 deles, sendo 70% cães e os outros 30% gatos, além dos temporários. O ideal seria somente 80 abrigados. Já foram resgatados 240 animais e e 211 já foram adotados”.
Um projeto foi iniciado, há dois meses, e “pessoas são convidadas, através de um grupo de WhatsApp da associação, para passear com os animais durante as manhãs de sábado das 7h às 12h, em locais próximos do abrigo, para ajudá-los a aliviar o estresse, além de fazer uma espécie de divulgação maior para os interessados em ter um animal doméstico em casa”, explica a gestora.
A dirigente ainda ressaltou que a entidade tem um terreno, no bairro Residencial Safira, onde é planejada a construção de um abrigo maior. “O que nos falta é a verba que seria de R$ 1,8 milhão. Teríamos condições de abrigar cerca de 400 a até 500 animais. Meu sonho é construir uma área decente e adequada, com quarentena para os animais que chegam, podendo isolar suspeitos de doenças e fornecer um ambiente mais seguro”.