O governador Mauro Mendes rebateu e criticou o presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho, após ele atacar o governo por conta do veto ao pagamento de salários de professores interinos, que não estão trabalhando por conta da suspensão das aulas na rede estadual, desde março. A Assembleia derrubou o veto do governo ao projeto para pagar auxílio R$ 1,1 mil aos interinos e Botelho criticou o governo com ameaça que está começando a “olhá-lo com outros olhos” por ter vetado o projeto. Mauro rebateu e cobrou de Botelho que abra mão do gigantesco orçamento da Assembleia e devolva recursos para pagar essa conta.
“É natural que o legislativo faça essas críticas porque eles não têm a responsabilidade de conduzir o caixa e as necessidades do Estado. Eu tenho essa responsabilidade e vou agir de acordo com essa responsabilidade. Temos mais de 60 mil professores contratados qual o critério para mim fazer esse pagamento ? Vou pagar 60 mil sem ter prestação de serviços ?”. “Vou pagar quem ? Não vou precisar de todos eles. É uma bolsa, um auxílio que eles criaram ?”. “Temos que trabalhar corretamente e não politicamente. Temos que aplicar a lei de acordo com que ela é. Não vou fazer nenhum ato aqui para responder por improbidade (administrativa) e nenhum secretário meu fique respondendo. Mas o parlamento está cumprindo seu papel, nós vamos ver depois como o governo vai interagir em relação a isso”, disse, ao Midia News.
“Gostaria muito de dar um auxílio aos professores, mas eu não vi mecanismo de dar auxílio por conta de um trabalho que não vai ser prestado, eu fazer um adiantamento e depois esse professor não prestar serviço para o Estado. Dos 64 mil (professores) no cadastro reserva, existe uma estimativa a que a gente vá precisar em torno de 2,5 mil. Qual é o problema ? não dá para saber, nesse momento, quem são os 2,5 mil. Só vai se saber no momento de retornar as aulas, qual professor vai ser afastado por licença ou férias” e ser chamado “o reserva, em qual cidade. Não dá para antecipar isso agora. Existe um problema técnico. Vou fazer ajuda para 64 mil possíveis pessoas que poderão ou não prestar serviço para o governo. Se for assim vou ter que dar ajuda para todos desempregados. Seria um bom começo a Assembleia abrir mão do orçamento dela para gente pagar essa conta”, cobrou Mauro