Mato Grosso ainda continua registrando um elevado número de novos casos do novo Coronavírus. No boletim divulgado, ontem, pela secretaria de Estado de Saúde mostra que o Estado registra 9.262 casos e 341 óbitos por Covid-19. Os números elevados da doença preocupam o secretário estadual de Saúde, Gilberto Figueiredo, que tem orientado e reforçado à população sobre as medidas de proteção para evitar o contágio e a propagação do vírus.
“Existe uma parcela da sociedade que ainda acha que isso não vai chegar, que não temos epidemia no Estado. Os números da doença não param de subir, é preciso que as pessoas sigam nossas recomendações, fiquem em isolamento social, façam constantemente higienização das mãos, evitem aglomerações, saiam de casa somente quando for necessário e usem adequadamente a máscara para se proteger”, explicou Figueiredo através da assessoria.
O rápido crescimento no número de casos também está relacionado ao comportamento da sociedade e ao retorno de parte das atividades econômicas no Estado, com a reabertura de estabelecimentos de diversos segmentos. O número de pessoas que circulam no comércio e demais espaços públicos aumentou o contato físico entre as pessoas e diminuiu o isolamento social.
Outra preocupação é com o colapso na rede pública de saúde. O secretário alertou sobre a falta de leitos Unidade de Terapia Intensiva (UTIs), pois atualmente a rede registra 75% de taxa de ocupação, ou seja, podem faltar leitos para internação de novos pacientes. “Em média, crescemos 5% ao dia, em poucas semanas estamos quase exaurindo os leitos de UTI. Não haverá leitos suficientes de UTI para atender a todos”, disse o secretário.
O gestor destacou que a melhor forma de prevenção para evitar o contágio é o isolamento social que diminui o contato entre pessoas. É isso que vai reduzir a propagação do vírus e o crescimento de novos casos em Mato Grosso.
“Pode acontecer de hoje mesmo não termos nenhum leito mais à disposição no Hospital Metropolitano ou nos de Cuiabá, porque não para de chegar gente infectada. E mesmo assim, tem gente fazendo festa, andando na rua, visitando amigos. Estamos em uma situação muito ruim. Se você quer correr o risco, você será um paciente que não vai ter respirador a seu favor. Daqui a pouco, só teremos leitos de enfermaria e com pacientes morrendo sem respiradores. Não temos UTI e nem respiradores para todo mundo. Quanto menor a circulação de pessoas e maior o isolamento social, menos casos nós teremos no estado. Então, não mudamos a recomendação: fiquem em casa”, concluiu o gestor.