O delegado de Polícia Civil André Ribeiro disse, hoje, que o acusado de conduzir a Ford F-250 que atingiu violentamente uma Honda Titan, na madrugada da última sexta-feira, deve se apresentar até amanhã na delegacia para prestar esclarecimentos. A colisão foi na Perimetral Sudoeste, no bairro Jardim Alvorada, e a motociclista, de 40 anos, perdeu uma das pernas.
“Já foi confirmado que é um jovem, o advogado manifestou que ele vai se apresentar e estamos aguardando até a quarta-feira para isso acontecer. Caso não se apresente vamos tomar as medidas cabíveis, até representando para uma possível prisão preventiva. É importante que ela venha dar a versão, mostrar que não está fugindo da polícia”, destacou o delegado.
“É um acidente grave e esse rapaz vai responder pelo que está escrito no Código de Trânsito Brasileiro, uma lesão corporal culposa com omissão de socorro, podendo chegar em uma pena de detenção de três anos. Se nós conseguirmos comprovar possível embriaguez no volante, certamente a pena dele se agrava bastante. Inclusive se alguma pessoa viu esse homem ingerindo bebidas alcoólicas horas antes do acidente, deve procurar a delegacia de Polícia Civil para relatar e nós vamos investigar. É importante que as pessoas venham nos relatar”, acrescentou.
A sobrinha da vítima, Dalila Lanzoni, contou que no momento da colisão a tia, que é zeladora, estava indo trabalhar. Ela é viúva, têm três filhos, segue internada e ontem passou por nova cirurgia. “Graças a Deus já não têm mais riscos, ela é tão guerreira que está dando forças para a gente, está lutando. Ela disse que a partir de agora têm duas datas de aniversário, que é quando nasceu e o dia do acidente”, apontou.
“Apesar de bem, ela está com a face trincada, o tórax também, agua no pulmão e um dedo quebrado, mas ainda assim sempre pedindo se vai conseguir voltar trabalhar. Pedimos que todos continuem colocando o nome dela em oração. Além disso, ninguém foi atrás para saber se ela estava bem, se estava viva.”, acrescentou.
Ainda de acordo com Dalila “a única coisa que estamos preocupados é que esse imprudente ainda está na rua, queremos justiça. Minha tia estava indo para o trabalho e disse que ele estava vindo a mais de 100 km/h e jogou a luz alta na cara dela. Ela até contou que a batida pareceu ser proposital. Quando ela viu a luz alta, tentou tirar a moto para a calçada mas não deu tempo. A única coisa que queremos é que ele pague, e que não possa fazer isso com mais nenhuma pessoa”, completou.
