Professores de educação física, personal trainers e empresários do setor de academias fizeram, esta manhã, manifesto buscando reverter o fechamento do setor entre os dias 14 e 21 deste mês, determinado em decreto baixado, ontem, pelo prefeito Luiz Binotti. Os profissionais se reuniram na avenida Brasil e seguiram em direção à prefeitura onde se reuniram com representantes do Comitê de Combate ao Covid-19. “Vemos que nossa atividade é essencial, de saúde. Inclusive é recomendada por profissionais da saúde, já que quando você faz um exercício aumenta sua imunidade e isso colabora no combate aos vírus, doenças, e também na qualidade de vida das pessoas. Não foi levado em conta nesse decreto o fato de sermos da área e além disso ainda promovermos saúde”, afirmou o professor Celso Ribeiro.
Outro questionamento dos manifestantes é se algum dos pacientes confirmados com o novo Coronavírus foi infectado em alguma academia dos municípios. “Sabemos que a infecção aconteceu em outros locais. Estamos seguindo padrões de higienização, até mesmo de barreira sanitária na verdade porque, se o aluno estiver com algum problema febril, não entra no ambiente. Nos espaços também há álcool em gel e todos ficam de máscaras”, garantiu.
“Além disso todos os aparelhos passam por higienização. Então as atividades sanitárias e de biossegurança estão sendo feitas nas academias, para podermos atender bem a população e fazer com que ela melhore sua imunidade através da prática regular dos exercícios físicos. Queremos agora essa colaboração do município”, acrescentou o profissional.
Anteriormente, o setor já havia permanecido fechado por três semanas. “Novo fechamento agora pode causar mais prejuízos, não só para os proprietários, mas também profissionais em geral. O personal depende do trabalho diário, trabalha diuturnamente e fica complicado com o fechamento”. “Para não fechar, estamos propondo melhorar ainda mais esse controle dentro das academias, com relação ao quantitativo de pessoas, por exemplo”, completou Celso.
Conforme Só Notícias já informou, outra medida imposta no novo decreto foi o toque de recolher entre os dias 14 a 21 deste mês, das 22h até às 5h. Desta forma, é proibido a qualquer cidadão a permanência ou trânsito em vias e locais públicos. Fica autorizado apenas o deslocamento para ida a serviços de saúde ou empresas dos setores de farmácia e situações em que fique comprovada a urgência e emergência do trânsito, deslocamento de servidores, funcionários e colaboradores, no desempenho de suas funções, que atuem nas unidades públicas ou privadas de saúde, assistência social, forças policias, e de segurança pública e patrimonial.
Além disso, bares, restaurantes e similares deverão permanecer sem atendimento ao público das 18h às 22h, podendo operar somente no sistema delivery ou venda no balcão, ficando proibido o consumo no local. A regra também é válida para conveniências. Durante o dia, no entanto, os estabelecimentos poderão funcionar normalmente. A determinação também engloba o fechamento e proibição de funcionamento de parques públicos e privados, praças publicas e equipamentos nelas instalados, além de festas e eventos com qualquer número de pessoas.