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Tribunal não solta acusado de matar enfermeira em Sinop; “forma de execução do crime justifica prisão”

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Só Notícias/Herbert de Souza (foto: arquivo/assessoria)

Continuará preso, por decisão do Tribunal de Justiça, Ronaldo da Rosa, um dos acusados de envolvimento no assassinato de Zuilda Correia Rodrigues, 43 anos, em setembro do ano passado. O ex-marido da enfermeira entrou com pedido de soltura que foi julgado e negado pela Primeira Câmara Criminal. A defesa reclamou que ele está preso há sete meses e a instrução processual ainda não havia sido encerrada, o que caracteriza “excesso de prazo”. Afirmou ainda que “inexistem os pressupostos da custódia cautelar” e pediu a aplicação de medidas cautelares alternativas.

Os desembargadores reconheceram o tempo de prisão, porém, entenderam que não houve demora do Poder Judiciário. “A ação penal envolve dois denunciados por homicídio qualificado e ocultação de cadáver, representados por advogados distintos, que deduziram sucessivos pleitos de revogação da custódia [quatro], que alteraram o fluxo regular da instrução.  Não bastasse, o Juízo da 1ª Vara Criminal reconheceu sua incompetência, fato processual que acarretou a redesignação de audiências”, afirmou o desembargador Marcos Machado.

Para o magistrado, a “forma de execução do crime” justifica a prisão. “Por sua vez, a prisão preventiva encontra-se justificada na garantia da ordem pública, consubstanciada na gravidade da conduta atribuída ao paciente, que teria, juntamente com um policial militar,  planejado o desaparecimento de sua esposa e ‘o fez de forma a pensar que não seria descoberto’, assassinado a vítima Zuilda Correa Rodrigues ‘de forma violenta’ e com ‘brutalidade’ mediante esganadura e ocultado o cadáver ‘dentro de um bueiro’, o qual foi localizado após 11 dias, em avançado estado de decomposição”.

Conforme Só Notícias já informou, este mês, a juíza da 2ª Vara Criminal, Débora Roberta Pain Caldas, determinou que Ronaldo e o policial militar Marcos Vinicius Pereira Ricardi, de 26 anos, sejam levados a júri popular os dois acusados de envolvimento na morte da enfermeira. Ainda cabe recurso.

A dupla será julgada por homicídio qualificado, cometido de maneira cruel, mediante recurso que dificultou a defesa da vítima e contra mulher em razão do gênero (feminicídio). No caso do policial militar, há ainda uma qualificadora de crime cometido supostamente mediante recompensa. Por outro lado, o esposo da vítima poderá ter a pena agravada pela qualificadora  do motivo fútil. Os dois também respondem por ocultação de cadáver.

Conforme Só Notícias já informou, o esposo de Zuilda, foi preso, em outubro, no Camping Club. Na única declaração que deu à imprensa, ao ser conduzido à delegacia pelos investigadores, disse ser inocente. Os policiais monitoraram ele por cerca de 10 horas e estavam com mandado judicial para prendê-lo. Durante interrogatório, permaneceu em silêncio.

O policial Marcos foi o primeiro a ser preso e revelou que o corpo da enfermeira havia sido jogado em uma tubulação, nas proximidades do centro de eventos Dante de Oliveira. Confessou ainda ter participado do espancamento que resultou na morte de Zuilda. Ele acusou o marido da enfermeira de também ter cometido as agressões.

O esposo de Zuilda tinha um ponto de venda de espetinhos, no centro da cidade, onde o policial militar trabalhava fazendo entregas, uma vez que estava afastado da corporação. Conforme a versão inicial apresentada pelo militar, a tentativa seria dar um susto na enfermeira simulando tentativa de assalto e a situação teria saído do controle.

O policial está recluso no Comando Regional da Polícia Militar. Já o marido de Zuilda segue preso no presídio Ferrugem, em Sinop. Zuilda era funcionária de um hospital e desapareceu no dia 27 de setembro. Ela foi velada e sepultada em Sinop.

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