O cultivo do sorgo tem perdido espaço “ano a ano” em Mato Grosso. A avaliação é da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que projeta uma queda na produção mato-grossense do cereal, que deverá ser de 64 mil toneladas em 2019/2020, 30% a menos que em 2018/2019, quando foram produzidas 92 mil toneladas.
A Conab diz que os resultados se devem “aos excelentes preços e rentabilidade atrelados à cultura do milho”, o que faz com que o sorgo fique “em segundo plano”. “Além do milho, outras culturas têm ganhado espaço na segunda safra, a exemplo do algodão e do gergelim, sendo este bem resistente ao clima seco, característica também do sorgo, e o aspecto econômico, tanto de lucratividade quanto de facilidade na comercialização, tem predominado na opção em relação às demais culturas”.
A área destinada à cultura neste ciclo será de apenas 23 mil hectares, após queda de 29,2% em relação ao último ano, no qual 32,5 mil hectares foram semeados. “Com as lavouras principalmente em fase de desenvolvimento vegetativo, a produtividade estimada é de 2.823 kg/ha”, 1,2% a menos que em 2018/2019, que registrou produtividade de 2.856 quilos por hectare.
Segundo a Conab, o principal produtor de sorgo no Brasil na atual safra será de Goiás. O estado deve ampliar em 38,6% a área plantada, que deve chegar a 350 mil hectares, alcançando, assim, um aumento de 23,4% na produção, prevista em 1,2 milhão de toneladas.