O governo do Estado estima que R$ 1,4 bilhão sejam investidos em serviços de conservação, recuperação, manutenção e implantação de melhorias nos três lotes de rodovias estaduais que estão em estudos para serem concedidos à iniciativa privada, totalizando 512 quilômetros nas rodovias MT-130, MT-246, MT-343, MT-358 e MT-480, além da MT-220 por um prazo de 30 anos para cada um dos lotes. Os estudos foram apresentados à população durante audiências públicas realizadas nesta semana.
Estão previstas as concessões de 140,6 quilômetros da MT-130, no trecho de Primavera do Leste a Paranatinga, das rodovias MT-246, MT-343, MT-358 e MT-480, nos trechos de Jangada a Itanorte, totalizando 233,2 quilômetros, além de 138,4 quilômetros da MT-220, no trecho entre Tabaporã e Sinop.
Segundo o secretário de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra), Marcelo de Oliveira, é inadmissível que um Estado com as proporções de Mato Grosso não apenas em extensão territorial, mas referência em atividade econômica agrícola, ainda tenha estradas não pavimentadas e pontes de madeira como o principal entrave logístico para o escoamento da produção e transporte. “O Estado tem oito mil quilômetros de estradas estaduais pavimentadas e outros 30 mil quilômetros de estradas não-pavimentadas. Temos 2,4 mil pontes de madeira nas rodovias estaduais. Essas rodovias não pavimentadas e as pontes de madeira são o grande obstáculo de infraestrutura para o Estado de Mato Grosso. O grande obstáculo de crescimento e desenvolvimento do Estado”, disse.
Ele acrescent que, por essa razão, a concessão destes trechos é necessária, uma vez que as rodovias a serem concedidas à administração da iniciativa privada têm potencial para o escoamento da produção agrícola e transporte de proteína animal e plantas de etanol, além de contar com grande fluxo de veículos – e demanda constantes investimentos em serviços de manutenção. Marcelo constatou que a administração pública não consegue atender sozinha as demandas de manutenção e restauração das rodovias e, ao mesmo tempo, avançar com novas obras e o governo tem de se preocupar em solucionar os gargalos, investindo de forma correta os recursos arrecadados no Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab) para beneficiar regiões e municípios que ainda sofrem com a poeira e atoleiros por terem estradas de chão como único acesso às cidades.
Alguns dos municípios que ainda vivem nesta realidade são Rondolândia, Aripuanã, Colniza, Juruena, Apiacás, São José do Xingu, Canabrava do Norte, Vila Rica, Luciara, São Feliz do Araguaia, Alto Boa Vista, Serra Nova Dourada, Bom Jesus do Araguaia, Gaúcha do Norte, Novo Santo Antônio, Castanheira e Nova Maringá, por exemplo. “Precisamos gastar energia para aplicar recursos em novas obras, ir atrás de recursos nacionais e internacionais para que possamos diminuir o custo da logística do Estado, o custo do direito de ir e vir, da saúde, da educação, pois é nessas estradas estaduais e vicinais que transitam a produção, os insumos, os ônibus intermunicipais, as vans e ônibus escolares, as ambulâncias”, disse o secretário.
A informação é da secretaria adjunta de Comunicação.