O governador Mauro Mendes (DEM) falou abertamente sobre a mensagem 50 encaminhada por ele, e aprovada pela Assembleia Legislativa, para reestruturar a carreira dos servidores do Estado, priorizando a gratificação para funcionários efetivos em cargos de confiança e trocando alguns altos servidores de nível salarial, o que possibilitou a extinção de quase 4,2 mil cargos no governo. A votação gerou repercussão negativa em Mato Grosso e deixou o governador tão irritado “com tantas besteiras” que ele optou por só dar explicações pontuais sobre o projeto depois da aprovação do parlamento.
“O projeto 50 faz ajustes na administração pública. Eu, como gestor, preciso remunerar adequadamente os profissionais dentro do Governo. Servidor de carreira, assumindo cargo de confiança traz economia para Mato Grosso. É isso que foi feito nesta lei. Quem votou contra não foi capaz de entender o óbvio do projeto. Eu fiquei tão irritado, com tantas besteiras ditas por tantas pessoas que eu falei: ‘deixa aprovar que depois nós explicamos’”, justificou em entrevista à TV Cuiabá.
A mensagem foi aprovada no dia 14 e logo foi sancionada transformando-se na Lei Complementar 662/2020, que permitiu a extinção de 4.183 cargos públicos gerando economia de R$ 221 milhões por ano ao Estado. Mesmo com a redução de mão de obra, Mauro Mendes garante que não haverá prejuízo à prestação de serviço “porque o governo faz hoje um movimento que é a digitalização da informação. Temos um programa chamado governo digital que é investindo muito na nossa parte sistêmica, tirando pessoas e colocando processos automatizados. Vou dar um exemplo: antes, para fazer o pagamento do licenciamento do seu veículo, tinha que ir ao Detran. Demorava mais de duas horas. Hoje, da sua casa, se você baixar o MT Cidadão, em menos de 3 minutos faz o procedimento. Simplifica a vida do cidadão e tira a exigência de mais pessoas”, explicou.