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Sinop: sindicato aponta que falta de comunicação impede ter diagnóstico de demissões devido a pandemia

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Só Notícias/Luan Cordeiro (foto: divulgação/arquivo)

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção e do Mobiliário (Siticom), Eder Pessine expôs, em entrevista ao Só Notícias, que a falta de comunicação de algumas empresas têm dificultado que a entidade faça cálculos e levantamentos sobre os impactos financeiros e de desemprego gerados pela crise do Coronavírus. O canal de base, de acordo com o responsável, tem sido principalmente denúncias de trabalhadores. “Temos sentido grande falta de comunicação, principalmente com as empresas da construção civil que vem de fora. Não temos cálculos porque, infelizmente, os sindicatos perderam certa autonomia de acompanhar essas decisões e, dessa maneira, não temos como fazer estatísticas porque as empresas não são obrigadas a fazerem acordo conosco, fazem individualmente com os trabalhadores e não chega até nós”, lamentou.

Conforme o presidente, relatos de trabalhadores por falta de acerto, demissões, dentre outras questões, cresceram cerca de 20% durante a pandemia. “Temos recebido muitas denúncias. A gente tem que ficar correndo atrás para verificar o que está acontecendo, então é um descaso total com os trabalhadores e o sindicato”. “As obrigações das empresas com o sindicato principalmente nesse momento de pandemia elas foram assassinadas, não se respeita nada”, acrescentou.

Pessine ainda destacou que “estamos sabendo das atitudes tomadas através das reclamações dos funcionários. Não há como você acompanhar algo que ninguém é obrigado a te passar informações. Estamos trabalhando no sentido de fiscalizar se parou, porque parou, desde quando. Temos que fazer um trabalho muito mais complexo. Hoje poderíamos estar juntos, tomando decisões e vendo o que poderia ser feito, mas estamos nessa situação complicada de descaso”, emendou.

Em decorrência da falta de informações, o sindicato tem se pautado em visões “mais amplas” sobre a crise. “Começamos sentir reflexos não propriamente do vírus, mas da situação toda causada pelo vírus. Na construção civil e indústria madeireira, por exemplo, tivemos um problema muito grave que é o fechamento dos portos (em outros Estados) e causou uma paralisação no setor produtivo aqui, então como não tem comprador lá está tendo esse problema de produção”, destacou. “Não tem escoamento da produção, fica tudo parado, e algumas empresas estão fazendo uso de suspensão de trabalho, redução de jornada”, completou.

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