A Polícia Civil cumpriu, nesta quinta-feira, o mandado de prisão preventiva contra o principal suspeito de praticar o crime de estelionato na venda de ventiladores pulmonares para a prefeitura de Rondonópolis. A ocorrência, registrada no dia 22 de abril em nome da Secretaria Municipal de Saúde, relatava que diante da situação da pandemia do coronavírus (Covid-19) foram adquiridos 22 aparelhos respiradores pulmonares, em processo de dispensa de licitação, porém após o pagamento foi constatado que os produtos adquiridos eram falsos.
Imediatamente após o registro da ocorrência, a Polícia Civil de Rondonópolis iniciou as diligências deslocando uma equipe, coordenada pelo delegado Santiago Rozendo Sanches e Silva, para a cidade de Palmas (TO), onde supostamente ficava a sede da empresa vencedora da licitação para dar início as primeiras diligências. Na ocasião, o suspeito, responsável pela empresa já havia deixado a cidade e não foi localizado, porém, foi possível realizar o bloqueio em conta de parte do pagamento efetuado pela prefeitura de Rondonópolis.
Com apoio da Polícia Civil do Tocantins, as investigações avançaram, sendo possível identificar e qualificar o autor do crime, que teve o mandado de prisão representado pela Polícia Civil e decretado pela Justiça. Nesta quinta-feira, a equipe da Derf recebeu informações que o suspeito estava em Rondonópolis, para tentar desbloquear os valores que a Polícia Civil já havia conseguido bloquear de suas contas bancárias.
Segundo o delegado, Santiago Rozendo, durante os trabalhos foram bloqueados das contas das empresas do investigado cerca de R$ 3 milhões, adquiridos através da venda fraudulenta. “As investigações identificaram que o suspeito adquiriu monitores cardíacos, equipamento de valor muito inferior a de um respirador pulmonar, pelo valor de R$ 10 mil e adulterou o produto para dar aparência de ventiladores e revendeu à Prefeitura pelo valor de R$ 190 mil cada”, disse o delegado.