PUBLICIDADE

Bolsonaro se diz ‘decepcionado’, acusa Moro de querer ser indicado para STF e que diretor da PF pediu demissão

PUBLICIDADE
Só Notícias (foto: reprodução - atualizada 17:10h)

O presidente Jair Bolsonaro rebateu, há pouco, as declarações do ex-ministro da Justiça Sergio Moro, que pediu demissão hoje, por não concordar com a demissão do diretor geral da Polícia Federal, Mauricio Valeixo, alegando interferência por não ter cumprido acordo firmado que caberia a Moro indicar o diretor geral da instituição e de interferir na autonomia da PF.

Cercado de praticamente todos os ministros, Bolsonaro disse que, ontem à noite “eu e o doutor Aleixo conversamos por telefone”, e ficou definida a saída dele e que, em “uma vídeo conferência a todos os seus 27 superintendentes Valeixo disse que desde janeiro queria deixar a Polícia Federal” e que Moro também sabia. “Os superintendentes são a prova disso”. “O senhor Valeixo disse que estava cansado eu comecei a fazer gestão. Ontem, eu conversei com o senhor Sergio Moro, só eu e ele como na maioria das nossas conversas. Eu sempre abri o coração para ele. Eu já duvido se ele abriu o coração para mim”.

O presidente afirmou que disse para Moro que “está na hora de botar um ponto final nisso. Ele (Valeixo) tá cansado, tá fazendo como pode seu trabalho, pessoalmente não tenho nada contra ele, conversei poucas vezes com ele”. “Então, eu falei que amanhã (hoje) o Diário oficial da União publicaria a exoneração do senhor Valeixo e, ao que tudo indica, a pedido”. O  presidente alega que o ex-ministro relutou para escolher o sucessor. “Por que teria que ser o dele (indicado) e não de nós dois. E o lembrei da lei de 2014 que permite ao presidente nomear o diretor da PF” e que poderiam ser analisados nomes, ser feito sorteio. “O dia que eu tiver que submeter qualquer decisão a subordinado meu eu deixo de ser presidente da República”, discursou.

“Sempre falei para ele, não tenho informações da Polícia Federal. Eu tenho que todo o dia ter relatório do que aconteceu e em especial nas últimas 24h para poder bem decidir o futuro dessa nação. Nunca pedi para ele o andamento de qualquer processo !” e que ficou “quase que implorando informações e assim cobrei informações de demais órgãos como a ABIN (Agência Brasileira de Inteligência).

Bolsonaro rebateu Moro: “desculpe, senhor ministro, o senhor não vai me chamar de mentiroso. Não existe uma acusação tão grave a mim como militar e cristão”. “Estou decepcionado e surpreso. (Moro) Não se dignou a me procurar e preferiu uma coletiva de imprensa para comunicar sua decisão (saída do cargo). Não são verdadeiras as insinuações que eu desejaria informações privilegiadas”.

Bolsonaro alegou que Sergio Moro teria lhe cobrado compromisso político para indicá-lo ao Supremo Tribunal Federal, em novembro e, na versão de Bolsonaro, teria dito: “Pode trocar o Valeixo sim, depois de novembro, depois que o senhor me indicar para o STF.  Mas, me desculpe, não é por aí. Respeito suas qualidades, mas eu não troco….”. “Nunca pedi para blindar alguém da minha família. Jamais faria isso”.

“Não existe interferência na Polícia Federal. A autonomia é inerente, independente de governos. Não posso aceitar minha autoridade confrontada por qualquer ministro. Confiança é via de mão dupla. Seguirei no combate a corrupção e no combate a criminalidade. O governo não pode perder sua autoridade por questões pessoais a alguém se antecipa a projetos outros. Travo o bom combate”.

“Teve clima pesado com o ministro que cobrei dele na frente dos demais ministros que ele tinha que coibir abuso de autoridade para evitar prisões de mulheres na praia ou como em Araraquara” (onde havia decreto estadual para evitar circulação de pessoas).

“Não tenho mágoa do senhor Sergio Moro”. “Uma coisa é admirar uma pessoa, outra é conviver com ela”. “Todos nós conhecemos o senhor Sergio Moro, na justiça federal em Curitiba, mas ninguém nega seu brilhante trabalho”. “Torci muito para dar certo, mas, infelizmente, ou felizmente, hoje após nossa conversa no dia de ontem, ele resolveu marcar uma coletiva e fez acusações infundadas que eu lamento. Pra muitos, vai deslustrar a sua tão defendida biografia. Nós, os ministros tem algo mais importante que é a nossa nação”.

Ainda em seu pronunciamento, Bolsonaro disse que quando convidou e Moro aceitou ser ministro, “acertamos, como fiz com todos ministros. Vai ter autonomia. Não é sinal de soberania. Falei do meu poder de veto, os cargos chaves teriam que passar nas minhas mãos. Para todos ministros foi dessa maneira. Mais de 90% dei sinal verde”.

O presidente revelou que se queixou para Moro que “não tenho informações da Polícia Federal, tenho que ter relatório para bem definir o futuro da Nação. Nunca pedi qualquer informação de investigação” e também disse que havia cobrado a elucidação do caso Adélio, que lhe desferiu facada durante a campanha. “Será que pedir, quase implorar a Polícia Federal e o ministro para concluir caso de quem tentou me matar” “é exigir muito da Polícia Federal via seu ministro para apurar” “Cobrar isso é interferir ?”  Bolsonaro apontou que a Polícia Federal se preocupou mais em investigar o assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) no Rio de Janeiro do que esclarecer quem tentou matá-lo.

“Nunca pedi para a PF me blindar onde quer que fosse.

Em instantes mais detalhes

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais notícias
Relacionadas

Vigia Mais MT tem 126 municípios habilitados e 11,3 mil câmeras de monitoramento entregues

A secretaria estadual de Segurança Pública entregou 11.360 câmeras...

Coronel Mendes anuncia saída do comando-geral da Polícia Militar

O coronel Alexandre Mendes anunciou que vai deixar o...

Senadores avaliam em Mato Grosso investimentos para preservar o Pantanal

Políticas públicas e investimentos em profissionais e em equipamentos...
PUBLICIDADE