O secretário estadual Saúde, Gilberto Figueiredo confirmou, esta manhã, em entrevista coletiva pela internet, que é favorável a abertura do comércio. No entanto, apontou a necessidade que os municípios tenham um planejamento claro de acordo com a situação de cada um. Lembrou também que a flexibilização não significa relaxamento total das regras de higienização. “Eu concordo com o retorno gradativo em qualquer município que tenha um planejamento claro, que consiga fazer uma radiografia no seu estado local ao nível de assistência, de proteção dos profissionais da saúde, leitos disponíveis na região. Enfim, tem que se fazer uma análise de risco levando em consideração todas essas condicionantes. A flexibilização não significa relaxamento total sem usar máscaras, sem lavar as mãos em plena pandemia, que não passou. O pico esperado nosso ainda nem chegou”.
Figueiredo lembrou ainda que regras para Cuiabá não podem valer para municípios com 10 mil habitantes. “Nós temos um grande número populacional e essa característica não serve para fazer a mesma análise para o pequeno município. Nós temos que verificar se tem algum caso, transmissão local e se vai fazer uma liberação ampliada ou restrita. Por isso, cada um tem que fazer uma análise e tomar uma decisão”.
O secretário também afirmou que o isolamento já tem causado impactos nas famílias. “É muito difícil fechar as portas de todos os estabelecimentos comerciais porque nós termos muitos outros problemas, além do da saúde que vem junto com a recessão econômica. Já dá para verificar o crescimento da violência doméstica, por exemplo. Estão todos dentro de casa, a família começa a não ter sustento e começam os conflitos.
A maior parte do comércio varejista e das indústrias está funcionando em Mato Grosso. Já restaurantes, lanchonetes, bares, conveniências, academias ainda não estão autorizados a abrir as portas para evitar aglomerações.
Ontem, a secretaria estadual de Saúde informou que não registrou novos casos da Covid-19, em Mato Grosso. O número de casos permanece o mesmo desde segunda-feira, quando foram notificadas 181. São 89 pessoas recuperadas, 73 pessoas em isolamento domiciliar e 13 hospitalizados, sendo 3 em Unidade de Terapia Intensiva pública e um em leito clínico público. No Estado, são seis mortes pela doença.