A defesa irredutível do presidente da Federação Mato-grossense de Futebol (FMF), Aron Dresch, para a retomada do Campeonato Mato-grossense da Primeira Divisão não encontra eco entre a maioria dos dirigentes dos dez clubes – Cuiabá, Mixto, Operário Várzea-grandense, Dom Bosco, União de Rondonópolis, Sinop, Poconé, Luverdense, Araguaia e Nova Mutum. Não há consenso para que o torneio regional volte a ser disputado caso a pandemia do Coronavírus seja aniquilada no Brasil.
O maior problema alegado pelos dirigentes e é uma dura realidade é questão financeira, que acaba pesando numa eventual retomada do Estadual. Primeiro, são os contratos profissionais dos jogadores que já expiraram e outros que estão por vencer a partir desta semana.
Ainda não está definido, apesar da crise na área de saúde ser uma situação excepcional, podendo abrir uma exceção, a prorrogação de contratos dos profissionais para um curto prazo. A legislação trabalhista prevê contrato a partir dos três meses. Segundo, todos os contratos de patrocínios dos clubes estão suspensos por causa da paralisação em função do coronavírus. Diante da escassez de recursos, tem dirigente que não acredita mais numa retomada do campeonato.
A alegação é que as equipes já vivem situação de penúria. A exceção seria o Cuiabá, único que dispõe de ótimas condições financeiras por ter um montante de R$ 6 milhões por ser integrante da Série B do Campeonato Brasileiro. Há quem defende que a atual temporada em Mato Grosso seja retomada a partir do segundo semestre com a realização da Copa FMF, torneio seletivo que dá uma vaga para a Copa do Brasil do próximo ano.
No entendimento de alguns dirigentes, a federação deveria apostar tudo na Copinha, com os indicados para as competições nacionais do próximo ano saindo desta disputa, criada para a valorização de jogadores das divisões de base dos clubes.
Por sua vez, Aron Dresch se mostra contrário. Segundo ele, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) não aceitaria todos os representantes de Mato Grosso sair de um torneio considerado como de ‘base’. Na primeira fase do Estadual, o Cuiabá foi dono da melhor campanha ao somar 21 pontos dos 27 disputados em nove rodadas disputadas.
O Operário foi o vice-líder com 18 pontos. O União foi o terceiro com 17. Sinop quarto com 16. Em quinto, aparece Nova Mutum com 13. Em sexto, Poconé com 11. Dom Bosco sétimo com 11 e Luverdense em oitava com oito.