Começou, há pouco, a carreata com mais de 300 carros com empresários e funcionários de restaurantes, lanchonetes, bares e similares buscando sensibilizar as autoridades para autorizar a reabertura seguindo as medidas protetivas necessárias. Comerciantes de outros segmentos e profissionais liberais, solidários a grave crise que enfrentam, estão apoiando.
A carreata iniciou na praça praça padre João Salarini, na Catedral, passou pela avenida Júlio Campos, até a Jacarandás, seguiu pela a Embaúbas, depois na Itaúbas e finalizou na Tarumãs, próximo ao no cruzamento com a BR-163. Os organizadores avaliaram que os objetivos foram alcançados.
O comerciante Luiz Benedito da Silva, da Peixaria do Cidadão, trabalha com a esposa e filhos, além de 4 colaboradores – dois deles tiveram que ser dispensados – em seu restaurante. “Me emocionei em ter que dispensar uma colaboradora, que tem 3 filhos. Mas não tive outra alternativa”, descreveu, ao Só Notícias. “A queda da receita foi de 80% na venda de alimentos e o delivery representa no máximo 5% do volume de vendas que tínhamos. “Antes da crise, a média era de 130 refeições por dia no almoço. Hoje, com entrega de marmitas, é apenas de 20 por dia”, expôs.
“Muitos compromissos financeiros dificilmente são postergados. Alguma coisa a gente consegue com fornecedores. Ninguém estava preparado para uma crise dessa, principalmente nós que somos pequenos e que toda a minha família depende da atividade da peixaria. É nossa única fonte de renda e chega a um ponto desesperador porque, além dos compromissos é a sobrevivência”, apontou.
“Falta bom senso e planejamento. A forma que a prefeitura liberou a gente trabalhar e a justiça limitou a 30% a nossa atividade dentro da empresa, nós começamos ao menos respirar e estávamos cumprindo as medidas de higiene e distanciamento dentro do restaurante. Mas, agora, voltar a ficar com as portas fechadas é super difícil e muita gente vai quebrar se nada for feito imediatamente”, acrescentou o comerciante.
Segundo a prefeitura, Sinop tem cerca de 900 estabelecimentos de grande, médio e pequeno portes (restaurantes, lanchonetes, conveniências, bares e similares). Com a decisão do desembargador Marcio Vidal, do Tribunal de Justiça, acatando recurso do MP e Defensoria Pública, as empresas só devem funcionar em sistema de delivery.
A prefeita Rosana Martinelli anunciou que a prefeitura está recorrendo para que as empresas possam voltar a operar com no mínimo 30% de suas capacidade.