Empresários e funcionários do segmento de restaurantes, lanchonetes, bares e similares pretendem fazer, amanhã às 14h, uma “carreata e buzinaço” buscando sensibilizar as autoridades para autorizar a reabertura dos estabelecimentos do segmento seguindo as medidas protetivas necessárias e que só estão liberados para operar com delivery. O ponto de encontro do movimento será na praça padre João Salarini, na Catedral, e os participantes percorrerão as avenidas Júlio Campos, Embaúbas e Tarumãs. Cerca de 900 empresas estão, há cerca de 20 dias, sendo impactadas diretamente com a decisão de trabalharem com portas fechadas e só fazerem entregas de alimentos.
O grupo é composto, até momento, por mais de 60 empresários do segmento e funcionários, que temem demissões, estão apoiando a mobilização. “A preocupação dos comerciantes é muito grande até porque temos responsabilidades sociais como folha de pagamento e tantas outras (despesas). Nós respeitamos uma decisão (judicial), mas que seja para todos”, destacou, ao Só Notícias, Marcelo Barão Duarte, representante um dos principais bares do município. “Tivemos essa iniciativa porque não vemos diferença em tipos de comércio até porque não existe aglomeração em restaurantes em épocas de crise. Vemos que em um mercados, lotéricas, bancos o risco de contaminação é muito maior que em um restaurante, que já tem as práticas de higiene rotineiramente”, apontou.
“Queremos mostrar para as autoridades e sociedade que nós também temos nossas responsabilidades e somos um comércio normal, como qualquer outro, sabemos e entendemos de todas as nossas responsabilidades”, emendou o empresário. “Organizamos para se encontrarmos no pátio da Catedral para que não haja aglomeração de pessoas. Será um protesto com cada em seu carro para realmente seguirmos o que as autoridades vem recomendando (distanciamento, uso de máscaras). Pensamos na carreata justamente pelo momento, para não ter reunião de pessoas” completou.
Conforme Só Notícias já informou, ontem, o desembargador Márcio Vidal decidiu, acatou recurso do Ministério Público e Defensoria Pública e derrubou a decisão do juiz Mirko Gianotte, que autorizou o funcionamento destes estabelecimentos até às 22h, operandi com 30% da capacidade sendo obrigatórias medidas de prevenção ao contágio da doença. A prefeita Rosana Martinelli, que havia autorizado, semana passada, as restaurantes, lanchonetes bares funcionarem parcialmente além do delivery, anunciou que a prefeitura vai recorrer da decisão do desembargador para que as empresas deste segmento voltem a operar parcialmente.
Além de muitos prejuízos, diversos restaurantes, lanchonetes e bares já concederam férias coletivas e demitiram parte de suas equipes devido a grande queda nas vendas.