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Blairo diz que “besteiras” ditas por membros do governo prejudicam relação com a China

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Só Notícias/Herbert de Souza (foto: assessoria/arquivo)

O ex-ministro da Agricultura, Blairo Maggi, usou as redes sociais, hoje, para criticar a posição de “alguns membros do governo” em relação à China. Sem citar nomes, Blairo classificou as falas  como “besteiras” e afirmou que as opiniões prejudicam as relações comerciais do Brasil com o país asiático.

“Ao longo dos 2 anos e 7 meses em que fui Ministro da Agricultura, estive por várias vezes em missão comercial na China e pude aprender e respeitar seus costumes. Por essa razão, eu diria que essas besteiras, ditas por pessoas do nosso governo, prejudicam muito as relações comerciais, o relacionamento e os laços de confiança que ambos governos buscam construir”, disse Blairo.

“O povo chinês tem um orgulho justificado da sua cultura e do potencial que seu país alcançou. Eles prezam pela formalidade, a amizade e o bom diálogo. Nós brasileiros, sobretudo as nossas autoridades, devemos entender e respeitar isso”, acrescentou, o ex-ministro.

Nesta semana, uma postagem do ministro da Educação, Abraham Weintraub, nas redes sociais provocou novo tensionamento nas relações com a China. Ele usou o personagem Cebolinha, da Turma da Mônica, para ridicularizar o sotaque dos chineses e sugerir que eles sairão fortalecidos da pandemia de coronavírus.

A fala foi imediatamente repudiada pela embaixada da China, que classificou as opiniões do ministro como “difamatórias” e com cunho “fortemente racista”. A embaixada ainda afirmou que a fala do ministro causou “influências negativas no desenvolvimento saudável das relações bilaterais China-Brasil”.

O chefe da Câmara de Comércio e Indústria Brasil China, Charles Andrew Tang, afirmou estar preocupado com a sucessão de atritos na relação entre os dois países em meio à pandemia do novo coronavírus. “Não adianta ficar atiçando um país que só quer o bem do Brasil”, afirmou Tang ao portal Uol. Para o empresário, “esse acúmulo de feridas realmente pode levar a decisões mais sérias por parte do governo chinês”.

Segundo dados da Fundação Getúlio Vargas (FGV), os chineses compraram, em 2019, 35,5% da produção do agronegócio brasileiro.

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