Quando se abre uma empresa ou um negócio, quem investiu sabe que é uma atividade de risco, e também dependendo da atividade, estará dependendo das crises produzidas pelo sistema capitalista, e que na verdade sempre existiu.
Os empresários devem estar sempre preparados para entender que ao abrir as portas do seu estabelecimento, o sucesso ou o fracasso das suas atividades, depende muito da expectativa de consumo do seu produto e o fluxo de riqueza monetária do momento.
Quando passamos a viver uma crise dessa produzida pelo Coronavírus, onde há necessidade de restrição ao convívio social, e as pessoas que dispõe de alguma reserva, pensam em se preparar para economizar o que tem e selecionar o seu consumo, direcionando apenas para as coisas e produtos imprescindíveis, (alimentação e remédios, produto de higiene e combustível, etc., ) porque isso basta pra continuar vivendo, mas principalmente porque ninguém sabe quando estaremos no meio do furação dessa crise paralisante, e mesmo, não se sabe quanto tempo vai durar, e como sairemos depois dessa crise, por isso, a angústia e o medo comandarão as suas atividades de consumo das pessoas, porque o mais importante, é continuar vivo, porque as estatísticas avisam que sua vida está por um fio.
Neste momento aparecem os sábios que sabem tudo e que têm receita para tudo. Mas, a leitura sensata que se faz neste momento, é que os consumidores sumiram pela incerteza, e não somente pela quarentena, mas principalmente pela preservação da sua renda, da sua reserva financeira e sem saber o que será feito do seu próprio contrato trabalhista.
Todos os setores serão afetados, como é que os hotéis que dependente muito do turismo, poderá continuar a esperar pelos seus clientes, se as empresas aéreas estão paralisadas e afeta duramente o mercado de serviço das agências, e com isso, para evitar contaminação, os aeroportos foram os primeiros a ter suas atividades restringida, imposta pelos governos para evitar a que contaminação fosse levadas pelo mundo, e com isso, arrebentou com o turismo, e a relação dos prestadores de serviços e clientes foi a zero, isso é, só para citar uma atividade, mas na realidade a crise está afetando todas as atividades, o que vai ocorrer todos já sabem, será uma quebradeira geral e desemprego incalculável pelo mundo afora, por isso, a melhor decisão é aguardar como será o mundo após a crise da provocada pela Covid-19.
O passado não serve de base para vivermos hoje, os fatos estão girando cada vez mais rápidos, e todo mundo está vivendo da contabilidade da sobrevivência, os consumidores sumiram, os empresários terão que se adaptar e ter capacidade de gerenciar uma circunstância totalmente diferente e nunca vivida, e por isso, fica a discussão se devemos abrir tudo, ou devermos sair para a restrição social de forma vertical ou horizontal, uns dizem que sem o trabalho, que restará para os trabalhadores é morrer de inanição, mas a única saída encontrada pelos dirigentes das grandes empresas do mundo do meca capitalismo, foi correr para o colo e cofre do estado, mas aqui no Brasil diante dos escassos recursos, o governo está priorizando, sobre tudo, as pequenas empresas e a população.
No Brasil, o que vê é uma enorme incapacidade de fazer uma leitura da realidade que a crise do capitalismo está passando, porque não é uma crise vinda do próprio sistema capitalista, se fosse assim seria mais fácil gerenciar, mas este é fenômeno invisível, infimamente pequeno, mas poderoso e destruidor, por isso, não é por Decreto que se vai fazer o consumidor, sair por aí, gastando as sua reservas, e na maior das vezes, usar o que não tem, a população brasileira na sua maioria é muito pobre, e a muito tempo esses trabalhadores brasileiros, (heróis) sabem como dói, sobreviver com salário mínimo e através deste, levar comida para casa, ou vivendo da informalidade sem nunca precisar dos auxílios do governo, porque nunca existiu.
Sem a capacidade para planejar o imprevisto, tudo por causa de um vírus aparentemente insignificante, mas que está impondo o seu poder diante do rico capitalismo, dando uma lição de como ser humilde diante da realidade, porque o ano de 2020 está quase perdido, e agora é o momento de pensar o que fazer após a passagem do CORANAVÍRUS .
E mesmo assim, os dirigentes não tem capacidade de liderar e ter a inteligência reativa para pensar sem a guerra ideóloga, e ainda, usam a mesquinharia cotidiana para levar vantagem repetitivamente, mesmo assim, ainda estão pensando nas próximas eleições, e diante da cegueira administrativa e pela falta de liderança, ficam sem capacidade para entender que o cenário mudou.
Wilson Carlos Fuáh – É Especialista em Recursos Humanos e Relações Sociais e Políticas.
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