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Presidente do Mixto quer renunciar após rebaixamento para 2ª divisão do mato-grossense

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A Gazeta (foto: Otmar de Oliveira/arquivo)

Rebaixado à Segunda Divisão do Campeonato Mato-grossense do próximo ano, o Mixto convive há anos com uma crise que insiste em perdurar. Após a decepcionante campanha no Estadual da Primeira Divisão, terminando a primeira fase na nona colocação com apenas sete pontos somados em 24 disputados, o clube agora corre o risco de ficar sem presidente.

Com mandato tampão após saída do médico e conselheiro do clube Fause Chauchar, Valter Hudson já manifestou seu desejo de deixar o cargo e convocar novas eleições. O atual mandato termina no fim deste ano, mas a intenção é antecipar ainda para este semestre. O que complica a escolha da nova diretoria é crise do coronavírus, que paralisou quase tudo no Brasil. No dia 20 de maio, o clube completará 86 anos.

Eleito mandatário pela primeira vez em 2016, Valter Hudson garante a colaboradores próximos a sua intenção de afastar um pouco do futebol profissional para se dedicar à família e assuntos particulares. Além disso, há cobrança da torcida por ter sido o dirigente que não conseguiu impedir a queda para uma divisão inferior do futebol de Mato Grosso.

Durante ao longo de seu mandato, Valter não conseguiu resolver velhos problemas que afetam o Alvinegro da Vargas já há décadas. O maior problema é uma eterna dívida trabalhista, que impede do clube de ter uma finança saudável. Nesse intervalo, no fim de 2018, o clube conquistou a Copa FMF em cima do Dom Bosco, se classificando para a Copa do Brasil, torneio que chegou até a segunda fase, sendo eliminado pela Chapecoense em plena Arena Pantanal. Por esta participação no torneio nacional, o clube conseguiu um montante de mais de R$ 1 milhão como cota repassada pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Contudo, R$ 900 mil foi diretamente para abater dívida trabalhista.

“Só conseguimos ficar com pouco mais de R$ 100 mil para pagar folha de pagamento do elenco. Boa parte da grana foi destinada para pagar dívida. Por conta disso, o clube não conseguiu patrocinadores bons. Até tem empresários interessados em nos ajudar, mas recua ao saber das dívidas que o clube tem. Qualquer dinheiro que cai na conta do clube, a justiça bloqueia para pagar ações trabalhistas”, disse um dirigente mixtense, que pediu sigilo de sua identidade. A esperança do Mixto não ir para a Segundona é a anulação do Estadual.

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