Os presidentes da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Marcos Antônio Alves, e da Associação Comercial e Empresarial de Sinop (ACES), Klayton Gonçalves, além de empresários, reuniram, há pouco, com os secretários de Planejamento, Finanças e Orçamento, Astério Gomes, e de Desenvolvimento Econômico, Daniel Brolese, para reivindicar a reabertura do comércio. Hoje é o terceiro dia de fechamento para cerca de 12 mil empresas de diversos segmentos como medida para evitar riscos de contágio do Covid-19. A movimentação e cobrança do empresariado ganhou força após o pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro defendendo que a economia não pare. A prefeitura anunciou, à noite, medidas permitindo mais uma parte do comércio abrir. Porém, a maioria ainda deve ficar fechada.
“Os empresários vêm cobrando as entidades de um posicionamento, sobre como é o principal cenário, e qual a previsão de reabertura. Depois da fala do presidente, inflamou um tanto os empresários, e esses questionamentos aumentaram. Portanto, convidamos secretários para ouvir os questionamentos dos empresários, estamos estudando uma saída, uma possibilidade, uma luz no fim do túnel para reabertura dos comércios, então o foco e objetivo é encontrar uma maneira de que o empresário colabore, mas que consigamos reabrir o comércio o mais rápido possível”, expôs o presidente da ACES.
O presidente da CDL também destacou que o empresariado vem cobrando a reabertura. “Em Sinop temos casos suspeitos, mas nenhum confirmado, e sabemos que vai gerar uma crise econômica, com desemprego, todas essas questões que nós como entidades, lojistas sabemos que vai ocorrer”. “Hoje os supermercados estão abertos, mas daqui a uns dias ninguém terá dinheiro para comprar os alimentos, então estamos tomando medidas, cada usando seus formatos para estar dando continuidade ao trabalho e funcionando com o comércio aberto, com maneiras restritivas, observando aqueles colaboradores com grau de risco, criando um planejamento, tudo que puder ser feito para minimizar o problema sem criar esse caos econômico”, ressaltou.
Já Klayton destacou que “para a reabertura, nós estamos discutindo possibilidades de regras bem criteriosas, linhas de corte, de atendimento, mas que possam retomar nossa economia, entendendo que Sinop não teve nenhum caso comprovado. Respeitamos a opinião de todos os médicos e clínicos, é louvável, o comércio tem cumprido sua parte, mas precisamos dar uma possibilidade de retorno”, apontou.
O secretário de Finanças, adiantou que o primeiro objetivo era ouvir os empresários, e agora colocará o assunto em pauta na reunião do gabinete de situação. “Eu vou defender junto com o secretário Brolese para que na reunião do gabinete possamos dar uma resposta aos empresários e sociedade de Sinop. Mas também pedimos um pouco mais de paciência. Fizemos um decreto de 15 dias e estamos ainda no 3º, entendemos que o empresário ficou preocupado, porque envolve demissões, empregos, rendas e de maneira geral toda a economia. Vamos levar em consideração, levar essas questões ao gabinete de situação e analisar todas essas ponderações dos empresários”, pontuou.
Ele ainda não descartou a possibilidade de alteração do decreto. “Temos dito isso constantemente, e faremos de acordo com as necessidades. Estamos trabalhando hoje o dia todo, vamos entrar a noite para fazermos os ajustes necessários para que a economia não fique prejudicada, tudo com grande responsabilidade. Temos que atender o ministério Público, a justiça, a saúde, os empresários e a sociedade”. “O sentimento da prefeita, do gabinete de situação e de todo o secretariado é de sensibilidade ao comércio. Sabemos que a economia precisa funcionar, pulsar, porque o poder público também precisa da economia. Estamos analisando todo o cenário com muita responsabilidade, tenham certeza, empresários que a prefeitura está sensível a essa causa, mas hoje o grito é pela vida”, completou.