A polícia Militar já dispersou 54 aglomerações, fechou 19 estabelecimentos comerciais, principalmente bares que não estavam respeitando a lotação máxima de 50%, além do distanciamento de 1,5 metros. Os policiais também conduziram quatro pessoas às delegacias por descumprimento das determinações legais. Mas a PM também contabilizou 50 ocorrências com orientações que evitaram aglomerações. No total foram 73 ocorrências por desobediências ao decreto.
O maior número de intervenções para dispersar pessoas foi registrado em Cuiabá. Foram registrados quatro casos, segundo relatório da Superintendência de Planejamento Operacional da Polícia Militar e Estatísticas (SPOE). As ações começaram na última sexta-feira quando entrou em vigor o decreto do governo do Estado estabelecendo medidas restritivas e prevenção à propagação do Coronavírus (Covid-19).
Em outras cidades do interior como Rondonópolis, Jaciara, Sapezal e Nobres os policiais atuaram em três ocorrências de aglomerações, em cada uma delas. Além de bares, a PM interviu em festas de aniversário e de casamento, encontros em áreas de lazer de condomínios, partidas de futebol, entre outros eventos públicos e privados.
O subchefe de Estado Maior da Polícia Militar, coronel Wankley Correa Rodrigues destaca que a PM está presente nos 141 municípios e todos os distritos mato-grossenses fazendo o patrulhamento das ruas, orientando a população e atuando em apoio aos órgãos de defesa do consumidor (Procon), de Saúde e Vigilância Sanitária para fazer cumprir as medidas de prevenção ao Coronavírus.
“O objetivo é que a população se conscientize, que não seja necessária a adoção de medidas extremas como o fechamento de estabelecimentos comerciais e condução de pessoas às delegacias. Todavia, em caso de necessidade, como já ocorreu, vamos continuar agindo como forma de prevenir a propagação do coronavírus”, diz Rodrigues.
Rodrigues, que coordena as ações operações no âmbito da PM, observa que, de acordo com o que preconiza as instituições e especialistas em saúde pública, o isolamento social é o “remédio” mais eficaz neste momento de crise, de pandemia da COVID-19. “Não estamos em uma situação normal em que podemos sair de casa e circular normalmente pelas ruas”, reforça.
Aos policiais militares que estão nas ruas, que tiveram férias e folgas suspensas para trabalhar nesse momento de emergência social, Rodrigues agradece o empenho. “Parabéns, o trabalho de vocês é fundamental, um ato humanitário, de coragem e respeito em defesa da saúde e segurança da sociedade. Também queremos que tomem os cuidados necessários para a proteção própria e de suas famílias”, completa.