O Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) divulgou comunicado com orientações de “como cuidar dos animais em tempos de coronavírus” e que, baseado na Organização Mundial da Saúde (OMS), até o momento, “não há evidência significativa de que animais de estimação possam ficar doentes ou transmitir” a doença. Mesmo assim, a recomendação é de que pessoas infectadas evitem o contato com seus cães e gatos e também façam quarentena de convivência com eles.
“Realmente, não há comprovação científica de que o animal transmita o Covid-19, mas o tutor infectado, ao espirrar ou tossir, poderá espalhar partículas com vírus na pelagem do animal. Até o momento, não há informações de que o animal em si desenvolva a doença, mas se o pelo estiver contaminado e outra pessoa o tocar, não há garantia de que não haverá transmissão. Nesse momento de incertezas, todo cuidado faz a diferença para evitar o contágio”, explica o CFMV
Uma das dúvidas de quem tem animal de estimação é se existe um coronavírus que atinge o cachorro. O conselho federal explica “que existe o coronavírus canino, que atinge o trato gastrointestinal de cães, podendo desencadear um processo de diarreia e vômito. Mas o homem é resistente a esse vírus, que não tem nada a ver com o Covid-19, o qual ataca as vias respiratórias. As vacinas V-8 e V-10 imunizam o cachorro contra o corononavírus canino, que não é o mesmo que está se espalhando agora, causando a pandemia. Essas vacinas não podem ser aplicadas em humanos e não são eficazes contra o Covid-19”.
O Conselho Federal de Medicina Veterinária também orienta que, “nesse período de contenção do coronavírus, a recomendação é que as saídas ao ar livre com os animais de estimação sejam curtas e objetivas, acompanhadas de apenas um responsável, apenas para atender às necessidades fisiológicas – sempre evitando contato com outros animais e pessoas, buscando os lugares menos aglomerados e os horários mais tranquilos”.
A informação é da assessoria do Conselho Federal de Medicina Veterinária.