O motorista de aplicativo, de 23 anos, procurou, ontem, a delegacia de Polícia Civil de Sinop para denunciar que ao aceitar uma corrida no bairro Boa Esperança foi sequestrado e obrigado, por quatro pessoas, a entregar drogas em diversos pontos da cidade. A vítima ficou cerca de 2 horas na mira dos criminosos, que ainda o agrediram e tentaram o matar, mas ele conseguiu escapar.
Conforme o boletim de ocorrência, logo ao entrarem no carro, os criminosos o renderam. Eram três homens e uma mulher, sendo que dois dos suspeitos estavam armados, possivelmente, com uma pistola e um revólver.
Após dominarem o motorista, os criminosos o obrigaram entregar entorpecentes em diversos bairros. Em seguida, eles fizeram o homem se deslocar até sua residência para pegar R$ 1,6 mil. O motorista ainda relatou, que o grupo fez ele gravar um vídeo dizendo que fez entregas de drogas a três pessoas. Na denúncia, ele revelou os nomes dos citados na gravação.
Após o vídeo, os sequestradores passaram a agredir o motorista com coronhadas e o mandaram dirigir até uma região de mata, na estrada Virgínia. No local, os suspeitos começaram ameaçar o homem, dizendo que ele não “iria ver sua filha nascer”. Em seguida, conforme o documento, os criminosos o obrigaram a parar o veículo em uma ponte e descer.
Neste momento, o motorista percebeu que um dos envolvidos engatilhou o revólver, e pensando que seria morto, correu em direção a mata. O suspeito que estava com a arma ainda efetuou cerca de cinco disparos em sua direção, mas não foi atingido.
A vítima afirmou ainda que conseguiu ajuda em uma chácara na região e, em seguida, foi levado até a cidade para o registro da ocorrência. Além da quantia em dinheiro, os suspeitos levaram a carteira do motorista com documentos, cartões e o veículo GM Ônix prata.
Ainda consta no boletim, que os criminosos contaram com o apoio de um Fiat Palio e um VW Gol, que a todo momento acompanharam o sequestro e que também tinham um rádio conectado na mesma frequência da polícia.
Agora, o caso passa a ser investigado. Até o momento, nenhum dos envolvidos foi identificado ou preso.