A juíza Thatiana dos Santos marcou para o dia 16 de abril o júri popular do principal suspeito de assassinar, com um golpe de canivete, Olímpio da Rosa, 50 anos. O comunicador foi morto em novembro de 2015, durante uma festa, em um estabelecimento localizado no Setor Industrial de Marcelândia (200 quilômetros de Sinop).
O julgamento do réu será na câmara municipal. Conforme determinação da magistrada, o suspeito será levado a júri popular por homicídio qualificado, cometido por motivo fútil. O acusado de matar a vítima tem 32 anos e foi preso, em abril deste ano, em uma comunidade rural, no município de Novo Progresso, no Pará. Também por decisão da juíza, o suspeito segue preso.
Testemunhas divergiram nos depoimentos sobre as circunstâncias da morte. As de defesa alegaram que o comunicador estava apenas conversando com o irmão do suspeito. Conforme esta versão, o acusado teria se aproximado e atingido a vítima no tórax. Já as de acusação garantem que Olímpio deu um tapa no rosto do réu e ambos entraram em luta corporal, quando houve o esfaqueamento.
“Em que pese os argumentos trazidos pela defesa, as provas dos autos deixam dúvidas quanto à configuração da excludente de ilicitude pleiteada, haja vista que não há demonstração clara que a vítima é quem estaria portando o canivete, e provocou o acusado e sacou o canivete; pelo contrário, as testemunhas que presenciaram de perto os fatos afirmam que o acusado é quem portava o canivete e que sacou a arma para desferir o golpe contra a vítima”, disse Thatiana.
Conforme Só Notícias já informou, Olímpio foi locutor de rádio comunitária e chegou apresentar um programa policial em uma emissora de TV, a qual arrendou e foi diretor. Depois de deixar a comunicação trabalhou como eletricista.