Para a reflexão de todos, apresento texto que publiquei no segundo volume das Sagradas Diretrizes Espirituais da Religião de Deus, do Cristo e do Espírito Santo (1990), cujo título é “Razão e Fascínio”, escrito por mim ainda jovem, aos 18 anos de idade. Vamos à página: Alziro Zarur (1914-1979) costumava dizer, nas suas pregações, que “atingir o equilíbrio é a meta suprema”. E concluía: “O Bem nunca será vencido pelo mal”. Ora, para não ser atingido pelo mal, pecado, frustração ou como queira chamá-lo, o ser humano deve ter Boa Vontade, a de Deus, o que significa dizer: conservar, ao lado de acentuado bom senso, vontade firme. Será, pois, aquele que cultiva o equilíbrio, por pior que seja a tempestade; que sabe aquilo que realmente é, visto que ilumina seu caminho na Verdade (de Deus) e não nega de antemão o que pode existir. Sabe porque sabe, isto é, porque aprende humildemente, sem considerar-se dono da Verdade, pois ninguém o é. Já o falho de ânimo, que se permite arrastar pelos outros, ou pela aparência dos fatos, acredita naquilo em que as pessoas em quem acredita disseram para acreditar… Assim o faz por gostar delas e de certas coisas, às quais se acostumou e crê não poder viver sem… Este é o prisioneiro das convenções, o “maria vai com as outras”.
Aqui entra o sentimentalismo censurado por R. H. Blyth (escritor citado por José J. Veiga) como aquilo que “é dar às coisas mais ternura do que Deus lhes dá”. Traduzindo em linguagem simples, é ser “mais realista do que o rei”.
Resumindo: o primeiro, o de Vontade Boa, guia-se pela razão iluminada por Deus; o segundo, o de vontade negligente e que não conheceu a verdadeira iniciação espiritual, deixa-se dominar por fascínio. É um triste escravo do medo.
(Eis aí: “Ninguém é dono da Verdade”, conforme dizia Zarur.)