Se por um lado, não pode ser hiper dimensionada, por outro não pode ser relegada a segundo plano, a epidemia do corona vírus. Quando a maior economia do mundo se mobiliza não é por acaso. Em plena era da globalização as consequências com efeito dominó serão irreversíveis. Os danos serão maiores, quanto maior for o descaso feito a esta pandemia. Devemos nos preparar para enfrentá-la no campo da saúde pública, porém não podemos negar seus impactos na economia. Uma redução considerável do consumo trará desequilíbrio nos processos produtivos.
A meta neste momento deve ser encontrar um equilíbrio na condução dos negócios com a dimensão exata do mercado. Em um mercado de consumo menor, não se pode esperar expansão de preços, ao contrário, se espere uma redução.
A rapidez de adequação ao novo tamanho da demanda fará toda diferença entre uma e outra empresa. Os preços tendem a desabar em um curto espaço de tempo, independente de qual seja o custo de produção, e aí reside o grande e insolúvel problema. As incertezas que se avizinham não são frutos produzidos por este ou aquele segmento econômico. São consequências de fatores externos aos segmentos que serão impostos por contingências que extrapolam vontades.
O Sindifrigo preocupado com a saúde financeira da indústria, assim como do produtor rural, quer alertar para a necessidade de serenidade que será necessária para atravessarmos este momento. Certos estamos que tudo não passará de uma pausa em nosso crescimento e que a “carne” será o grande negócio na área do agro neste ano de 2020.
A abertura do mercado americano e a demanda reprimida da China nos mostra um horizonte promissor a médio e longo prazo.
Tudo que precisamos é a devida cautela de esperarmos o momento apropriado para acelerarmos.