O projétil de um centímetro de diâmetro foi removido do peito do gavião carijó pela equipe do Hospital Veterinário (Hovet), da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), ontem. Agora, ele deve passar por recuperação para ser solto novamente. O animal chegou gravemente ferido e precisou passar por uma cirurgia, após ser resgatado pela Polícia Ambiental e pela secretaria de Estado de Meio Ambiente (SEMA), em Várzea Grande.
De acordo com a médica veterinária responsável pela operação, Thais Morgado, a esfera de chumbo atingiu o osso que une as vértebras no peito e desviou para debaixo da clavícula do animal, sem comprometer órgãos ou fraturar os ossos. Quando foi resgatado, já estava com perda de peso e parte do ferimento havia necrosado.
“Tivemos de abrir um incisão em seu peito e tirar bastante tecido necrosado, para conseguir remover o projétil. Como a ferida estava contaminada, tivemos de deixar sem costurar e estamos fazendo os curativos nele. Apesar de tudo, ele está recuperando bastante o peso e em poucas semanas já deve voltar para a natureza”, afirmou Morgado
O gavião carijó é natural da fauna brasileira e, portanto, protegido pela Lei de Crimes Ambientais. É uma ave de rapina de bico forte e garras afiadas, inserida em seu nicho com o papel de regular a população de roedores e aves pequenas.
Além de Morgado, fizeram parte da equipe o anestesista Paulo Mallmann e a residente em medicina veterinária Gabriela Seror.
As informações são da assessoria.