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Bezerra questiona força de Bolsonaro na eleição para senador; parte do MDB apoia Pivetta

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Só Notícias/Marco Stamm, de Cuiabá (foto: arquivo/Ângelo Varela)

Nem o alinhamento que o vice-governador Otaviano Pivetta (PDT) busca demonstrar com a política do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para impulsionar a candidatura pedetista ao Senado na eleição suplementar do dia 26 de abril inibe o posicionamento do deputado federal Carlos Bezerra (MDB) em desfavor do presidente da República. Bezerra é presidente do MDB, um dos principais apoiadores de Pivetta e bateu o pé para manter o partido unido no apoio ao vice-governador.

Ontem, na convenção do PDT, Bezerra declarou não acreditar que a possibilidade de apoio de Bolsonaro à possível candidatura da tenente-coronel da Polícia Militar Rúbia Fernanda de Oliveira Santos (Patriota), irmã do desembargador Rubens de Oliveira, pode influenciar no resultado do pleito. “Não sei o que vai virar esta candidatura [Patriota]. A realidade hoje é diferente da de 2018. Naquela época estava uma empolgação e ele [Bolsonaro] era o candidato a presidente. Havia uma polarização muito forte que não existe hoje e ele também não é candidato”, analisou.

Bezerra questionou a capacidade de transferência de votos de Bolsonaro e lembrou que, após um ano de governo, a popularidade do presidente cai. “Ele também tem um ano de governo e isso gera muito desgaste. Então, não sei se o resultado será o mesmo. Quando ele foi candidato na eleição de 2018 ficou claro que ele tinha um peso importante. Hoje não sei mais se é assim. As pesquisas hoje indicam que ele tem 25% de apoio, que é do setor mais da direita do país e dos evangélicos. Então esta candidatura não nos assusta de modo nenhum”, completou.

Conforme Só Notícias já informou, Bezerra não esconde os problemas com Bolsonaro e costuma bater de frente com o presidente criticando, principalmente o autoritarismo do militar. No fim de fevereiro, o deputado classificou o vídeo de Bolsonaro convocando a população para os protestos contra o Congresso como “absurdo” e como “um atentado contra a democracia, uma irresponsabilidade”.

Bezerra disse, nominalmente, entender que as declarações de Bolsonaro configuram “crime de responsabilidade” e acrescentou e se este também for o entendimento do parlamento, um processo de impeachment pode ser aberto.

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