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Sobe número de casos confirmados do coronavírus no Brasil

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Agência Brasil (foto: assessoria)

O número de casos confirmados do novo coronavírus (Covid-19) subiu para 34 no país, com nove novos pacientes infectados em relação a ontem. O boletim foi divulgado pelo Ministério da Saúde hoje (10), em Brasília. A contaminação voltou a subir após ter ficado estável de domingo para segunda.

Além dos pacientes confirmados, foram registrados 893 casos suspeitos, uma redução em relação a ontem, quando o Ministério da Saúde contabilizou 930 pessoas nessa situação. Já os pacientes com infecção descartada pelas autoridades de saúde ficaram em 780.

São Paulo segue liderando, com 19 casos. Além dos episódios no estado, foram identificados oito no Rio de Janeiro, dois na Bahia, um no Espírito Santo, um no Distrito Federal, um em Minas Gerais, um em Alagoas e um no Rio Grande do Sul.

Já no tocante aos casos suspeitos, São Paulo também está na frente (302), seguido de Minas Gerais (122) e do Rio de Janeiro (119), Rio Grande do Sul (70) e Distrito Federal (59). No recorte por região, o Sudeste concentra o maior número de pacientes com suspeitas (544), seguido do Sul (145) e Nordeste (111).

Apenas três estados não têm casos confirmados ou suspeitos: Roraima, Amapá e Tocantins. O Maranhão, que estava nesta condição até ontem, registrou dois casos suspeitos e dois pacientes com a infecção descartada.

No Distrito Federal, a paciente infectada após uma viagem para o Reino Unido está internada no Hospital Regional da Asa Norte (Hran). Segundo a Secretaria de Saúde do DF, ela apresenta quadro grave e instável e teve piora desde ontem, com febre e síndrome respiratória aguda severa.

Além disso, o marido foi obrigado – após decisão judicial – a realizar teste para a doença e se manter isolado, o que conforme a secretaria foi cumprido. Ainda não há resposta sobre o resultado do exame.

O Ministério da Saúde também divulgou a atualização dos casos de Covid-19 em todo o mundo, considerando informações até ontem no fim da tarde. No total, foram mapeados 109,5 mil casos, além de 3,8 mil mortes. A taxa de letalidade, que estava em 3,39%, subiu para 3,48% em comparação com o balanço anterior, com contabilizações de domingo.

A China concentra o maior número de casos (80,9 mil), seguida da Coreia do Sul (7,38 mil), Itália (7,37 mil), Irã (6,5 mil) e França (1,1 mil). Já no tocante às taxas de letalidade, os Estados Unidos lideram (5,16%), seguidos da Itália (4,96%), China (3,86%) e Irã (2,95%).

Dos casos confirmados, 28 foram infectados em viagens ao exterior e seis foram oriundos da chamada transmissão local – quando uma pessoa infectada que está no país contamina outra. Com a disseminação, não será mais feito o monitoramento de quem chega ao Brasil de países específicos, mas de voos de toda a América do Norte, Europa e Ásia. Além destes, serão monitorados viajantes que vem da Austrália, Argélia e Equador. Pacientes com resultados negativos para outros vírus também devem ser testados para o Covid-19.

De acordo como Ministério da Saúde, 90% dos casos podem ser tratados em casa ou em postos de saúde. Visando reforçar esses locais, o governo anunciou que estenderá o programa “Saúde na Hora”, dando incentivos a municípios para investimento em unidades de saúde com uma ou duas equipes. A estimativa é que sejam aplicados até R$ 900 milhões na iniciativa, denominada “Saúde na Hora 2.0”.

Mas para o atendimento em hospitais, o ministério informou que pretende agilizar a habilitação de leitos como forma de melhoria da estrutura de atendimento. Uma alternativa em casos de esgotamento da capacidade das unidades em locais específicos poderá ser a locação de leitos.

De acordo com o secretário-executivo da pasta, João Gabbardo dos Reis, a liberação de verbas para o Saúde na Hora 2.0 e para a implantação de leitos será analisada considerando o risco de disseminação do novo coronavírus na cidade ou estado. “Estamos trabalhando com recursos a partir da necessidade. Ele vai ser liberado a medida que nós tivermos casos”, explicou durante entrevista coletiva.

Questionado por jornalistas sobre o fato de planos de saúde não estarem cobrindo os testes para o novo coronavírus, o secretário executivo adiantou que a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) deverá editar uma norma incluindo o exame entre o rol dos procedimentos obrigatórios a serem custeados pelos planos.

Por meio de nota, a ANS anunciou que após reunião com as operadoras de planos de saúde decidiu-se pela “inclusão do exame para detecção do coronavírus (Covid-19) no rol de procedimentos e eventos em saúde, que constitui a cobertura mínima obrigatória para os beneficiários de planos de saúde. A agência está detalhando os aspectos técnicos da medida, como o tipo de exame que deverá fazer parte da cobertura obrigatória e as Diretrizes de Utilização (DUTs) que serão necessárias para adequação aos protocolos do Ministério da Saúde e prazos necessários para que a medida seja implementada”.

A ANS esclareceu também que “a cobertura do tratamento aos pacientes diagnosticados com o Covid-19 já é assegurada aos beneficiários de planos de saúde, de acordo com a segmentação de seus planos (ambulatorial, hospitalar)”.

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