Enquanto não decide quem apoiar na eleição suplementar do dia 26 de abril que vai escolher o substituto da senadora cassada Selma Arruda (Podemos), o governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (DEM), optou por pedir o adiamento do pleito. Ele encaminhou uma petição de 31 páginas, elaborada pela Procuradoria-Geral do Estado ao Tribunal Regional Eleitoral, que já protocolou o documento no Tribunal Superior Eleitoral, em Brasília, e aguarda um posicionamento. Entre os argumentos apresentados na petição, está o alto custo para organização da votação, estimado em aproximadamente R$ 8 milhões, mas que devem ser cobrado de Selma Arruda após o fechamento da contabilidade. Mendes entende que o melhor seria realizar a eleição em outubro, junto com a escolha de prefeitos e vereadores.
O governador também abandonou a tese vitoriosa que utilizou para solicitar no Supremo Tribunal Federal (STF) que o terceiro colocado, Carlos Fávaro (PSD), assumisse o mandato até a realização da votação suplementar. Antes Mauro Mendes acreditava que o Estado ficaria sem representatividade. Agora, diante do impasse sobre a retirada de Selma da cadeira, acredita que é possível esperar. “Até o momento, nenhuma das decisões emanadas pelo poder Judiciário foram cumpridas, uma vez que a Senadora remanesce no exercício de suas funções sem data prevista para deixa-los”, diz trecho da petição em que se refere à representatividade de Mato Grosso no Senado.
Além das questões políticas, a petição cita um possível surto de coronavírus no Brasil para tentar impedir que a votação seja realizada. Além da aglomeração de pessoas, o governador cita o contato com a urna eletrônica e troca de documentos como possíveis propagadores do vírus. “Por estas razões acima expostas, de ordem legal, econômica e de saúde pública, requer-se a suspensão administrativa das eleições, agendada para o dia 26 de abril de 2020”, conclui Mauro Mendes.
O secretário da Casa Civil, Mauro Carvalho, disse que o principal motivo do pedido de adiamento da eleição é economicidade.
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