Os dois irmãos acusados de envolvimento na morte do funileiro Rafael Soares dos Santos, 29 anos, serão submetidos a júri popular na próxima quinta-feira (20). A vítima foi morta, a tiros, por engano, em frente à Unidade de Pronto Atendimento (UPA), em julho de 2015. O alvo dos criminosos seria um agente prisional que trabalhava na unidade médica.
De acordo com uma fonte policial de Só Notícias, as investigações apontaram o agente trabalhava também no presídio Ferrugem, onde um dos irmãos já estava detido. A principal hipótese para o crime é que a motivação tenha sido uma intervenção dos agentes, inclusive com disparo de munição de borracha, no “raio” onde o detento estava. A ação foi registrada em ata do presídio.
O inquérito apontou que, por vingança, o acusado então teria ordenado que seu irmão executasse o agente. Dias depois, o rapaz e um adolescente de 15 anos teriam assassinado, a tiros, Rafael Soares, por engano, no pátio da UPA, acreditando que se tratava do servidor.
O irmão do detento foi preso, dois dias depois, em sua residência, no Jardim Novo Estado. Uma pistola 380 (calibre semelhante a que foi utilizada na execução) foi apreendida com algumas munições. O outro envolvido, um adolescente de 15 anos, é o principal acusado de disparar contra Rafael. Ele se apresentou na delegacia da Polícia Civil e confessou ter atirado na vítima. Ele confirmou a versão de que o alvo não seria o funileiro e, sim, um agente prisional.
O adolescente não apontou, entretanto, se receberia algo em troca pela morte do agente. O menor foi apreendido e encaminhado para o centro de ressocialização, onde cumpriu medida socioeducativa. Já os dois irmãos seguem presos na Penitenciária Central do Estado, em Cuiabá.
Rafael foi executado quando saía da UPA, onde visitava o filho de dois anos que estava sob cuidados médicos. Ele foi atingido por tiros, no momento em que manobrava o carro no pátio da UPA, e morreu ainda no local.