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Viúva de advogado assassinado a tiros em Sinop aponta morosidade da polícia para solucionar caso

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Só Notícias/Cleber Romero e Luan Cordeiro

A viúva do advogado Francisco Assis Dias de Freitas, 52 anos, Marisa Dias Freitas cobrou, em entrevista, ao Só Notícias, que a Polícia Civil precisa dar uma resposta para o caso. Ela apontou que as investigações do assassinato do marido estão sendo conduzidas com morosidade. Além disso, já fez diversas cobranças no Núcleo de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e o maior desejo da família é ter respostas efetivas.  “Eu quero que as autoridades se pronunciem, e que de uma solução para esse caso. Até porque no dia do crime eles recolheram pontas de cigarro, boné, papel de lanche. Eles têm material para fazer a perícia e até agora não me deram resultado disso”, expôs.

“O que eu preciso é que eles esclareçam alguma coisa? A justiça está fazendo corpo mole, não faz nada. E agora preciso de ajuda. Não é justo. Eu quero a verdade, esclarecimentos, doa a quem doer. Na minha casa todo, dia tem choro, um dos filhos inclusive precisa passar por psicóloga. Sei que nada vai trazer ele de volta, mas quero resolver”, defendeu.

A esposa do advogado também cobrou maior respaldo por parte da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). “Até agora não teve nenhum respaldo. A OAB também não está em cima, não se manifesta, não faz nada, já busquei ajuda. E ele era um advogado, que estava no exercício. Eu estou sozinha, a cada 15 dias indo na delegacia”.

Mesmo emocionada, ela revelou detalhes do dia que Francisco foi executado. “Estava levantando para arrumar as crianças para irem à escola. Como ele sempre levantava primeiro, como de costume, me acordou, e foi chamar as crianças. Aí ele foi até a cozinha, fazer o café e a nossa cachorra começou a avançar na porta da frente. Com isso, ele abriu a porta e já recebeu os tiros. A pessoa estava na porta da sala e acho que qualquer um que abrisse, iria levar os tiros. Quando eu ouvi o primeiro disparo e o grito dele, pulei da cama e peguei o revólver que tínhamos, porque eu ficava muito sozinha em casa, pois ele trabalhava em Tabaporã”.

Marisa afirmou ainda que o crime foi presenciado pelo filho. “Quando ele viu, ele já gritou que o papai havia caído. Aí eu engatilhei o revólver e dei dois disparos dentro do quarto e corri para a sala, mas quando cheguei ele estava caído de bruços, o portão estava um pouco aberto e eu não vi ninguém. Corri para tentar salvar (o Francisco). Quando o virei, vi que ele havia levado um tiro na garganta, pois, ele tentava falar e não saia nada. Eu tentava levantar ele, mas não conseguia. Depois disso, meu filho me ajudou, conseguimos colocar ele no carro e levamos até o hospital”.

Conforme Só Notícias já informou, Francisco foi assassinado a tiros em uma residência, no Jardim Botânico, em Sinop, em março de 2019. O atirador pulou o muro da casa do advogado, por volta de 5h45, o cachorro começou a latir muito, ele abriu a porta para ver o que estava acontecendo e levou três tiros de pistola. No próximo dia 18 completará um ano da morte dele.

Outro lado
O delegado responsável pelo Núcleo de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Bráulio Junqueira que os trabalhos de investigação estão sendo feito. “Mas não é tão simples. Temos uma linha de investigação, temos suspeitos e até convicção. No entanto, temos que trabalhar isso para provar. Não importa o que nós sabemos, mas o que conseguimos provar. Infelizmente agora não podemos revelar nada. Está sendo feito o trabalho. Sugiram várias linhas de investigação, mas temos que materializar essas provas”.

Em nota a OAB-Mato Grosso expôs que, “desde o primeiro momento acompanha o caso através da 6ª Subseção de Sinop reunindo sempre com os delegados responsáveis e sendo mensalmente comunicada dos andamentos das diligências. Ainda, esclarece que já atendeu prontamente na sede da 6ª Subseção o pai da vítima e está a disposição para o que for possível, confiando na elucidação o mais breve possível”.

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