Maurício Cardoso Rodrigues, 21 anos, foi condenado, nesta terça-feira, a nove anos e sete meses de reclusão por tentativa de homicídio. Os jurados consideraram que, em novembro de 2017, ele e dois adolescentes raptaram uma mulher no bairro Boa Esperança e a levaram até um local ermo, onde a atingiram com vários tiros.
A vítima, hoje com 32 anos, disse, em depoimento à Justiça que estava na casa de uma amiga, quando Maurício chegou. Ela relatou que o réu a questionou sobre o paradeiro do marido dela. Em seguida, ele e os dois menores a colocaram no carro e a levaram até uma estrada “desconhecida”. A vítima afirmou que foi “chutada” para fora do veículo e o trio ordenou que ela ficasse de joelhos. Em seguida, dispararam cinco vezes e a jogaram em uma valeta.
A mulher contou ainda que se fingiu de morta, esperou o veículo sair e pediu ajuda em um barracão. Ela foi levada para o Hospital Regional, onde recebeu atendimento médico. Um dos projéteis continua alojado na cabeça, segundo a vítima. A mulher afirmou que estava recebendo ameaças de alguém que dizia ser da facção Comando Vermelho. Confirmou ainda que seu marido teria envolvimento em um homicídio em Sinop.
Os dois adolescentes confirmaram envolvimento crime, alegando que a mulher se recusou a entregar onde estava o marido. Já Maurício negou participação e disse que apenas emprestou o carro para os menores. Afirmou ainda que foi agregido por policiais ao ser preso e, por este motivo, acabou confessando envolvimento na tentativa de assassinato.
Maurício ficou dois anos preso e o tempo foi descontado da pena, restando o cumprimento de sete anos e seis meses de cadeia. A Justiça fixou o regime semiaberto para cumprimento inicial da pena e determinou que ele seja colocado em liberdade, a não ser que esteja preso por outro motivo. Maurício ainda pode recorrer da sentença.