Um dos acusados de envolvimento no assassinato do garimpeiro Juvenal Batista Vieira teve o pedido de liberdade negado pelo juiz Evandro Juarez Rodrigues. A vítima foi morta em janeiro de 2016 e teve o corpo jogado no rio Peixoto, entre Matupá e Peixoto de Azevedo (cerca de 200 quilômetros de Sinop).
Dois homens foram identificados e apontados como responsáveis pelo crime. Um deles, porém, faleceu em abril de 2017. O outro foi preso em dezembro daquele ano e encaminhado para a cadeia pública de Peixoto de Azevedo. A defesa ingressou com pedido de revogação da prisão, alegando excesso prazo para encerramento da instrução criminal.
Com parecer do Ministério Público, o magistrado entendeu que o acusado deve continuar na cadeia. “Em que pese a denúncia ter sido recebida em 29 de março de 2016, a prisão do acusado só se perfectibilizou em 2017, ou seja, um ano e nove meses depois, haja vista sua fuga do município de Matupá logo após o crime, dificultando a aplicação da lei penal”, destacou Juarez.
O juiz ainda ressaltou que a “marcha processual transcorreu no ritmo da razoabilidade, visto que durante os anos de 2018 e 2019 os autos foram regularmente impulsionados a fim de instruí-lo em busca da verdade real, sendo que a partir de fevereiro de 2018, sucessivamente, em todos os meses houve a realização de atos processuais no caso concreto, conforme expressamente consignado pelo próprio acusado”.
Segundo a denúncia do MP, os dois acusados, com a ajuda de um terceiro ainda não identificado, teriam roubado bens de Juvenal. Em seguida, a mando de um quarto envolvido, também não identificado, teriam assassinado a vítima e jogado o corpo no Rio Peixoto.
O único acusado a responder ação penal pelo crime foi denunciado por roubo, homicídio qualificado e ocultação de cadáver. Ele tem 22 anos e segue preso na cadeia pública de Peixoto.