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Matupá entra no Top 10 de exportadores de Mato Grosso; sindicato prevê maior crescimento

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Só Notícias/Marco Stamm, de Cuiabá (foto: arquivo/assessoria)

O município de Matupá (200 km de Sinop) está entre as cidades de Mato Grosso que mais registraram aumento no valor de exportações em 2019. Segundo dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) o valor subiu de U$ 142 milhões em 2018 para U$ 464 milhões no ano passado, representando um crescimento percentual de 225 pontos. Os novos números fazem o município saltar da 17ª para a 10ª colocação no ranking de exportadores estaduais, com 3% das vendas, superando Lucas do Rio Verde, que caiu para a 11ª posição.

A novidade não é surpresa para o presidente do Sindicato Rural de Matupá, José Fidelis. Ele explica que o aumento se deve à maior participação nas compras de duas grandes multinacionais instaladas no município e que passaram a absorver a produção das cidades vizinhas, como Colíder, Nova Canaã do Norte e Alta Floresta, numa área de aproximadamente 160 mil hectares plantados.

O crescimento das exportações já vem numa curva acentuada desde 2018, de forma mais tímida, e disparou no ano passado. Ainda assim, Fidelis vê potencial para as vendas externas crescerem mais em 2020. “Tende a crescer um pouco mais. Logicamente que não vamos chegar aos números dos maiores exportadores, mas temos potencial para aumentarmos estes números ainda este ano”, pontuou ao Só Notícias.

De acordo com o produtor, a vocação agrícola de Matupá é visível e estampada na cidade. Atualmente, são 60 mil hectares de área plantada, mas um novo levantamento do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (IMEA) será divulgado em breve e a expectativa é de que o espaço para plantio seja maior. É justamente na abertura de novas áreas para o plantio, convertendo o pasto da pecuária em área agricultável na região do Vale do Peixoto, que Fidelis aposta para a região assumir posição de maior protagonismo em Mato Grosso.

O plantio de soja é predominante na região e as exportações mostram isso. A oleaginosa representa 81% das vendas, ao passo que o milho fica com 12%. A carne, produto de uma pecuária forte na região, fica com os 7% restantes das vendas para fora do Brasil.

Diferente da maioria dos municípios mato-grossenses, a China não é o principal destino da produção matupaense. A Rússia investiu pesado e ficou com 41% do mercado, deixando os chineses em segundo lugar com 29% das compras. A Espanha, com 9,7%, Turquia com 3,4% e Egito com 3,2% fecham o ranking de maiores clientes.

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