A mãe de uma criança, de 9 anos, que está internada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da avenida André Maggi, com suspeita de dengue hemorrágica, acusou, esta manhã, mau atendimento na Unidade Básica, do bairro Boa Esperança. Segundo a mulher, o médico alegou que a agenda estava cheia, porém, ao insistir conseguiu que ele olhasse e o diagnóstico era que a criança estava bem e precisa de vitaminas. Entretanto, segundo a mãe, a menina voltou a passar muito mal e vomitar sangue. Então, a elevou na Unidade de Pronto Atendimento onde foi internada e o médico plantonista disse que se trata de dengue hemorrágica.
“Eu fui segunda-feira (no posto de saúde) ela estava com 39º de febre. Ele (médico) receitou fazer o exame que ela estava com dengue, aplicou duas injeções nela e mandou a gente ir embora. Ele receitou o exame que chegava em três dias, na quarta-feira. Peguei o exame e, ontem, fui mostrar para ele, que não queria me atender porque estava com a agenda lotada, falei que queria pelo menos o resultado do exame para saber o que tinha dado. A mulher da recepção pegou o exame”, “foi lá e levou para o médico. Ele marcou de caneta e disse que ela estava bem, não tinha nada. Ele me receitou uma vitamina”, contou, ao SBT Comunidade.
Segundo a mulher, a criança voltou a se sentir mal e procurou novamente atendimento médico. “Quando ela começou a passar mal, vomitar demais, vi que já começou a sangrar. Ai vim para cá (UPA), o exame dela deu 61 das plaquetas, muito baixo. O médico disse que ela tinha que ser internada, que a dengue dela já estava hemorrágica, já internou ela, está inchada demais. Ontem começou a chorar e o nariz começou a pingar sangue”, relatou.
Ainda de acordo com mãe, por não haver leito a menina teve que ser acomodada no corredor. “Ontem, ela dormiu no corredor porque não tem lugar para ficar. Agora de manhã, ela dorme e se espanta, reclama que a barriga dói muito por dentro”, contou.
Este mês, a secretaria de Saúde já confirmou mais de 100 casos da doença e uma força tarefa está, de casa em casa nos bairros, fazendo limpeza, passando veneno onde há muitos focos para matar mosquito que transmite dengue.
Outro lado
Procurado por Só Notícias, a secretaria de Saúde, informou que não teve ciência do caso questionado, exceto pela demanda encaminhada pela imprensa. A orientação é que a reclamante denuncie o ocorrido via ouvidoria do município para que todas as medidas cabíveis sejam tomadas.
A orientação é que a reclamante denuncie o ocorrido via ouvidoria do município para que todas as medidas cabíveis sejam tomadas.