A predileção da senadora cassada Selma Arruda (Podemos) pela candidatura do vice-governador Otaviano Pivetta (PDT) na eleição suplementar do dia 26 de abril para escolher o seu sucessor foi noticiada pela revista Veja na coluna Radar. Além da amizade entre ambos, a coluna informa que Selma nutre o desejo de ter Pivetta no Podemos após o pleito.
A costura, inclusive, teria o apoio do senador Álvaro Dias, presidente nacional do Podemos, que, segundo a Veja, se reuniu com o ex-senador Blairo Maggi, a quem classificou de “amicíssimo” de Pivetta e do governador Mauro Mendes (DEM), para tratar da possível-futura migração.
Selma e Álvaro Dias tem relação próxima e isso ficou evidenciado logo após a ratificação cassação da senadora, em dezembro passado, quando a ex-juíza gravou áudio elogiando a postura do presidente do partido e dizendo que gostaria de vê-lo na presidência da República.
Se de fato a articulação para apoiar Pivetta na eleição e trazê-lo, futuramente, ao Podemos frutificar, Selma inicia uma crise interna, uma vez que o deputado José Medeiros, presidente da sigla em Mato Grosso e um dos primeiros a acolher a ex-magistrada assim que ela deixou o PSL, sonha em retornar ao Senado, mas não tem manifestado sua intenção publicamente em respeito à colega.
Nesta semana, Medeiros se reuniu com o presidente Jair Bolsonaro em Brasília para tratar, oficialmente, de segurança pública. O parlamentar, sempre ativo nas redes sociais, não se manifestou sobre pedido de apoio de Bolsonaro nem sobre a eleição suplementar.